Apesar de ter aprovado emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2014, reduzindo os recursos destinados à Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) e aumentando o valor do duodécimo, o presidente da Câmara de Cuiabá, Julio Pinheiro (PTB), já teme a possibilidade de não conseguir fechar as contas do Legislativo Municipal no ano que vem.
Ele, que lançou o desafio ao prefeito Mauro Mendes (PSB) de tocar a Casa com o mesmo orçamento destinado inicialmente para 2012, de aproximadamente R$ 32,4 milhões, terá um montante cerca de 15% maior.
O projeto encaminhado pelo Executivo previa um repasse à Câmara de R$ 34,3 milhões para 2014, mas com a emenda aprovada pelos vereadores, o duo- décimo ficou estipulado em aproximadamente R$ 37,4 milhões. No entanto, o incremento é menor que o déficit orçamentário herdado pelo petebista no fim deste ano.
Os valores empenhados na gestão do ex-presidente da Câmara, João Emanuel Moreira Lima (PSD) extrapolou em mais de R$ 8,1 milhões o orçamento. Os gastos com rescisões trabalhistas e pagamento de fornecedores, que ocorrerão em 2014, terão uma rubrica específica, classificada como despesas não pagas em 2013, para serem contabilizados no exercício do ano que vem.
Quando desafiou Mendes, Pinheiro se referiu à manutenção do exercício da Casa, o que ele garante ser possível com os R$ 32,4 milhões. Além do rombo no orçamento, ele terá que administrar o desconto mensal nas parcelas do duodécimo, aprovados pela Câmara, referentes à dívida do Legislativo Municipal com o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) e das obrigações trabalhistas com o CuiabáPrev.
Da parcela, que seria de cerca de R$ 3,11 milhões mensais, serão abatidos aproximadamente R$ 120 mil. Ainda, há a previsão de um pedido de adiantamento em janeiro, que obrigará o presidente a trabalhar, o resto do ano, com o mesmo valor de duodécimo que seu antecessor.