Um grupo de vereadores se reuniu, esta manhã, na Câmara Municipal, para estudar a destituição do atual 1º vice-presidente, Onofre Júnior (PSB), do cargo. Os parlamentares entendem que a decisão dele em contestar, na Justiça, a eleição extemporânea do novo presidente, Júlio Pinheiro (PTB), aumenta o clima de insegurança jurídica no legislativo.
Onofre ingressou com o pedido de anulação da sessão que escolheu Pinheiro nesta terça-feira (10). Assinada pelos advogados Paulo Taques e Carlos Rafael Gomes de Carvalho, a petição se baseia no regimento interno que prevê eleição para o cargo vago. Com a saída de João Emanuel (PSD), o socialista entende ser ele o novo presidente, com a ascensão do 2º vice, Haroldo Kuzai (SDD) ao posto de 1º. Assim a eleição deveria ser realizada para o cargo de 2º vice-presidente.
O vereador conduziu a sessão em que Emanuel, afastado do posto após uma investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), renunciou. Durante as discussões, em plenário, Onofre disse em 3 ocasiões que não tinha o interesse no cargo de presidente. O parlamentar convocou os colegas para a nova sessão, se ausentando do plenário apenas durante o processo eleitoral, que escolheu Pinheiro.
Além da sessão, Onofre, em entrevista coletiva, afirmou que tanto ele quanto Haroldo não tinham a intenção, uma vez que a nova eleição poderia garantir um clima de tranqüilidade dentro do Parlamento Municipal.