O presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, negou o envolvimento em esquema de falsificação de documentos de terrenos e desvios. Ele foi afastado pela justiça estadual e está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, na “Operação Aprendiz”, que tem como alvo desbaratar um esquema criminoso de desvio de dinheiro público através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pela câmara. Emanuel refoçou que por 3 vezes já esteve no Ministério Público para prestar esclarecimento sobre o assunto e apresentou documentos.
Ele disse que estava dentro do prazo de 15 dias dado no dia 22 de novembro, pelo MP para ele entregar novos documentos. O advogado do presidente da câmara, Eduardo Mahon ,que também participou da coletiva,criticou a operação do Gaeco e disse que a busca e apreensão no gabinete e na casa do presidente foram de um desonestidade “terrível”, já que João Emanuel vinha prestando esclarecimento ao Ministério Público.
O vereador afirmou que a divulgação da investigação, mesmo após a colaboração dele, pode indicar um viés eleitoral. “Até mesmo o nome da operação, Aprendiz, é algo que me deixa profundamente indignado. Estou tranquilo que vamos provar a nossa inocência, mais uma vez”.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel Moreira Lima, estaria envolvido em um esquema de falsificação de documentos de terrenos. Os imóveis estariam sendo usados em garantia para agiotas na captação de dinheiro para sua futura campanha de Deputado nas eleições em 2014. Segundo o Gaeco, os terrenos seriam pagos aos proprietários com oferta de participação em processos licitatórios fraudados na câmara.
Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Câmara Municipal de Cuiabá, na residência do presidente João Emanuel, em uma gráfica, no cartório Segundo Serviço Notarial e Registral de Várzea Grande, em um escritório de contabilidade, e três residências na capital.
De acordo com a assessoria do Ministério Público, o Gaeco investiga a participação do presidente João Emanuel em um esquema de falsificação de documentos de terrenos. “Os imóveis estariam sendo usados em garantia para agiotas na captação de dinheiro para sua futura campanha de deputado nas eleições em 2014. Segundo o Gaeco, os terrenos seriam pagos aos proprietários com oferta de participação em processos licitatórios fraudados na câmara”.
A pedido do Gaeco foi decretado, ontem à tarde, o afastamento liminar de João Emanuel da função de presidente da câmara. A juíza Selma Rosane Santos Arruda fundamentou em sua decisão: “assim certamente o afastamento de João Emanuel da presidência da câmara irá contribuir com as investigações, permitindo que documentos sejam localizados e testemunhas sejam ouvidas sem o constrangimento de estarem prestando declarações contra a chefia”.
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