Apesar de ainda não terem sido publicadas as exonerações dos servidores comissionados da Câmara de Cuiabá, a economia na folha de pagamento dos funcionários administrativos em relação ao mês passado foi de 74,71%. Enquanto em outubro, o Legislativo Municipal destinou R$ 245,184 mil para o pagamento de salários de 103 comissionados, neste mês, os gastos com subsídios da mesma categoria de servidores será de aproximadamente R$ 62 mil.
Ao todo, a câmara contava com 500 funcionários até o mês passado, incluindo comissionados administrativos, efetivos, servidores de gabinete e vereadores. Após os cortes anunciados no início de novembro, de acordo com o presidente da Casa, João Emanuel (PSD), a estrutura passa a operar com 393 pessoas.
O corte deveria atingir 100% dos comissionados da administração, mas nem todos foram exonerados. Foram mantidas cinco secretarias e não quatro, como planejado inicialmente. Outras duas, sofreram remanejamento, como a Secretaria de Tecnologia da Informação, que transformou-se em diretoria e a Auditoria, que foi fundida à Ouvidoria, em ambos os casos, houve redução salarial para os titulares das pastas.
Também ocorreram casos em que as exonerações foram impossibilitadas pelo fato do servidor estar gozando de licença maternidade ou de saúde. Desta forma, uma nova redução poderá acontecer até dezembro. Com a economia de cerca de R$ 183,184 mil em uma das folhas de pagamento, já que as demais devem sofrer apenas leves alterações, uma vez que o quadro de efetivos tem que ser mantido e os valores para pagamento de servidores lotados nos gabinetes parlamentares são preestabelecidos ao limite de R$ 17 mil por vereador, além dos salários dos próprios, pré-fixado no final da legislatura passada, a estimativa é que de até o fim do ano, a Câmara tenha conseguido poupar R$ 500 mil entre gastos com subsídios e encargos trabalhistas.
Ao todo, os gatos com folha de pagamento no mês passado alcançaram a soma de R$ 1,618 milhão. Para atingir a economia esperada, também foram determinados cortes nos investimentos, suspensão de pagamento de fornecedores e repactuação para parcelamento dos débitos.
Além do fechamento das contas diante da redução do duodécimo, que no último mês teve anunciado sua readequação pela Prefeitura de Cuiabá, passando dos R$ 32,4 milhões previstos no orçamento para R$ 31,7 milhões, a demissão de servidores tornou-se a medida mais drástica em razão da necessidade de observância à Leio de Responsabilidade Fiscal (LRF) que estipula limite máximo de 70% do orçamento para gastos com pessoal.
Dentro deste exercício, a Câmara tem até o quinto dia útil de janeiro do ano que vem para efetuar os pagamentos e fechar as contas. Desta forma, já poderia contar com um adiantamento de repasse do duodécimo de 2014 para quitação dos restos a pagar.
No entanto, a estimativa é de que os salários e o décimo terceiro daqueles que continuam na folha de pagamento sejam pagos normalmente na data adotada pela câmara, por volta do dia 20 de cada mês, logo depois que a Prefeitura repassa o orçamento ao Legislativo.