O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), admitiu que nenhuma das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) já liberadas pelo Ministério da Saúde para a Capital será concluída até a Copa de 2014. Para atender a demanda de Saúde no período do Mundial, além da estrutura já existente, o município pretende continuar com o Hospital São Benedito de Cuiabá.
Em 2011, o então prefeito Chico Galindo (PTB) conseguiu a liberação de duas UPAs para Cuiabá, conforme o contingente habitacional. A primeira foi inaugurada em março deste ano, no bairro Morada do Ouro, enquanto a outra, foi tema de polêmica e encontra-se em fase inicial de construção, no bairro Pascoal Ramos.
Mendes defendia a mudança de local da unidade para a avenida das Torres, mas não conseguiu reverter o projeto inicial. Em meio ao embate, que durou alguns meses, o prefeito conseguiu junto ao Ministério da Saúde, a liberação de mais duas UPAs, justamente em razão de Cuiabá ser cidade sede da Copa.
Uma delas será implantada nas proximidades da Arena Pantanal e deve substituir a atual policlínica do Verdão. A outra, será localizada na região Leste. Apesar do apelo do Mundial da Fifa e da expectativa de aumento da demanda nas unidades de Saúde durante o evento, as unidades não serão concluídas.
"Infelizmente, a burocracia neste país é algo entristecedor", lamentou Mendes. De acordo com o prefeito, o edital de licitação para a UPA do Verdão, cujo projeto já está em fase adiantada, deve ser lançado ainda neste mês. "Quanto à outra, estamos tomando as mesmas providências para, na sequência, ter os recursos depositados e dar início à construção".
A ideia é à medida que as UPAs forem instaladas, as policlínicas deixem de existir. Cuiabá contava com seis policlínicas. Após a inauguração da UPA Morada do Ouro, a unidade do bairro CPA I, que realizava cerca de 6 mil atendimentos mensais, foi desativada para a instalação da Clínica da Família, que abriga cinco equipes do Programa de Saúde da Família (PSF).
"As coisas se transformam e a realidade tem que ser compreendida e adaptada", pondera o prefeito. Ele destaca que o Município não tem condições de manter, sozinho, o atual sistema, com policlínicas e centros odontológicos custeados com recursos próprios. "Quando nós abrimos uma UPA, parte do custeio vem do governo federal. Se eu puder substituir todas as policlínicas por UPAs, significa que eu estarei compartilhando os recursos federais os cuidados com a Saúde", completou.
Até a Copa, a rede pública de saúde da capital contará, para atendimentos de urgência e emergência, com cinco policlínicas, uma UPA, o Hospital e Pronto- Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) e o hospital das clínicas (São Benedito de Cuiabá), que está em processo de municipalização e ampliará o número de leitos do Município.