O juiz federal Julier Sebastião da Silva deu duas manifestações importantes para sua efetiva decisão em disputar as eleições de 2014. Primeiro ele tem sinalizado para pessoas próximas a sua tendência de optar pelo PMDB para disputar o governo do Estado, mas não descarta também o Partido dos Trabalhadores, ao qual já esteve filiado durante os anos de militância estudantil na Universidade Federal de Mato Grosso. PT e PMDB são os dois mais fortes partidos do arco de alianças que dão sustentação ao governo da presidente Dilma Rousseff e também o partido do governador Silval Barbosa.
A outra manifestação de sua disposição em deixar a magistratura e migrar para o mundo político partidário eleitoral, foi agendar para janeiro e fevereiro de 2014, suas férias na Justiça Federal, como que sinalizando que após este período não deverá retomar suas atividades como operador do Direito. Como ingressou na Magistratura Federal após o advento da Constituição Federal de 1988 que completou 25 anos de promulgação em 2013, Julier Sebastião da Silval não tem o direito de se aposentar para buscar uma nova carreira, como era comum no passado, portanto, se deixar a toga será sem regalias, uma atitude apontada por muitos como de coragem e determinação.
Assediado por muitos que desejam participar das eleições em condições de obter algum sucesso nas urnas, que para os partidos é muito mais contabilizada pela eleição de deputado federal que assegura participação na partilha do Fundo Partidário que este ano tem uma estimativa de R$ 364,3 milhões ante os R$ 286,2 milhões distribuídos em 2012 e no tempo de rádio e televisão, a chegada do nome de Julier Sebastião da Silva agitou o cenário eleitoral e ganhou reforço com a possibilidade do mesmo só se decidir quanto a partido e domicílio, por força de lei, no dia 05 de abril de 2014, seis meses antes das eleições, o que permite ao ainda magistrado ampliar discussões e construir unidades até a definição do seu caminho.
Procurado, Julier Sebastião da Silva continua se colocando como um magistrado interessado em ajudar Mato Grosso e, pelo menos, por enquanto, distante de questões político- partidárias que são vetadas pela Legislação para magistrados.