Decididamente o setor produtivo, leia-se agronegócio, terá uma influência política muito grande nas próximas eleições de 2014. Primeiro por causa de sua indiscutível participação na economia nacional, com números mais do que surpreendentes como US$ 83,9 bilhões ou 42% do total exportado entre agosto de 2012 até junho de 2013 contra 79,4 bilhões de dólares negativos dos demais setores da economia com um volume de 187 milhões de toneladas de grãos colhidas em 53 milhões de hectares. Estes números fizera parte da apresentação do Fórum Região Centro Oeste do Jornal O Estado de São Paulo com a presença do governador Silval Barbosa (PMDB).
O segundo motivo é que todos os partidos ou possíveis coligações indiscutivelmente tem alguém do setor produtivo em seus quadros e vai se utilizar disto como força político-eleitoral. Sem dúvida alguma, Eraí Maggi (PP) maior produtor individual de soja do mundo tem a seu favor o nome, o poderio econômico e o resultado de dois mandatos como governador do primo e hoje senador Blairo Maggi (PR).
Mas outros nomes começam a ser posicionados no tabuleiro de xadrez da sucessão como candidatos majoritários, não necessariamente para governador, mas para vice e até mesmo senador da República na única vaga em disputa, e o PSD do deputado José Riva tem com cuidado filiado em seus quadros nomes importantes como do empresário e presidente da poderosa Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, e mais recentemente outro grande empresário do setor produtivo, mas ligado a produção de algodão, José Pupin.
O nome de Pupin ainda não foi colocado publicamente, mas o PSD espera que com a entrega do dados para a Justiça Eleitoral o mesmo se torne mais do que publico, possa também ser ventilado como um dos prováveis candidatos.
O PMDB também não ficou de fora, bastando ver o desempenho do secretário nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária e suplente de deputado federal, Neri Geller que trocou o PP, no qual se filiou Eraí Maggi e foi para o PMDB do governador Silval Barbosa e do vice-presidente da República, Michel Temer e que padece de bons nomes para a disputa de 2014, já que o atual governador já foi reeleito e não pode mais concorrer.