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Analista acredita em renovação de 50% na Assembleia Legislativa

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As mudanças no contexto eleitoral, com movimentações de novos partidos e a pressão dos protestos populares, devem colaborar para um quadro de aumento do percentual de renovação das cadeiras na Assembleia Legislativa, no pleito de 2014. “Existe uma decadência do legislador mato-grossense e a reestruturação será de no mínimo, 50%. Dos 24 deputados estaduais, pelo menos 12 não conseguirão voltar”, avalia o analista político João Edison. Nas eleições de 2002, o percentual de renovação foi de 41,67%; em 2006, 58,33% e em 2010, 50%.

Esse panorama tem levado a maioria das agremiações no Estado a inovar no quesito “tática política”, bem como em relação à lista de postulantes. Presidente estadual do PSD, sigla com maior número de prefeito eleitos em 2012, vice-governador Chico Daltro, reconhece os desafios para o pleito geral. E frisa ações para obter resultado acima das expectativas. “O partido elegeu 39 prefeitos nas eleições municipais, e está ouvindo as bases, seguindo as diretrizes da nacional de divulgar o programa do PSD. A legenda valoriza os líderes e apoia novas revelações. O espaço está aberto a todos, em sistema democrático de participação. É muito importante o ingresso do jovem na política, para melhorar a concepção de avanços sobre a gestão pública”, disse Chico Daltro.

João Edison lembra que a renovação deve ocorrer sistematicamente em todo o país, sendo visualizada também no Congresso Nacional. “Aqui no Estado, existe um fenômeno complicador na disputa do baixo clero. Candidatos têm piso eleitoral alto e teto baixo. São candidatos de 20 a 30 mil votos, mas com grau de rejeição para conseguir mais. Isso gera interferência na equação geral da disputa. É uma equação complexa e aliada a outros fatores, deverá provocar reais mudanças nas eleições do próximo ano”, avalia.

Vale frisar que muitos dos “eleitos” para a Legislatura 2011/2014, em 2010, já haviam passado pela Casa de Leis em outros pleitos. Essa condição se aplica ao líder do governo, Hermínio J. Barreto (PR) e outros nomes.

O analista reforça a tese de que “apresentar novos nomes” não está relacionado diretamente a esperada renovação. “Tem novos nomes que partidos irão propor, mas que são políticos tradicionais ou pertencentes a grupos políticos históricos”.

NULOS E BRANCOS – A alteração no grupo dos eleitos poderá ser ainda maior, com possível aumento do número de votos nulos e brancos. O alerta é de João Edison, endossado pelo consultor político, Valdecir Pinho Calazans. “Os protestos populares, e mudanças nos próprios partidos e representantes, devem confirmar uma expressiva renovação na disputa para a Assembleia Legislativa. Existe a possibilidade de o voto nulo ser ainda mais caracterizado no pleito de 2014”, enfatizou Calazans.

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