Com o fim da janela de novas filiações e mudanças partidárias com vistas às eleições de 2014, um personagem ganha importância, o juiz federal Julier Sebastião da Silva, que anunciou diversas vezes o desejo de disputar o Palácio Paiaguás e ser o substituto do governador Silval Barbosa (PMDB).
Por atuar na magistratura, Julier conta com a prerrogativa de escolher a sigla a qual irá se filiar, se é que isso ocorrerá, até abril do ano que vem. Após as definições deste final de semana, o cenário que se desenha mais favorável ao juiz é a filiação do Partido dos Trabalhadores, agremiação pela qual militou na juventude.
Fontes do PT dão a entrada de Julier como consumada. Pesariam a favor reuniões já realizadas entre lideranças do partido e o magistrado, além das garantias dadas pela Executiva Nacional de que o magistrado seria o candidato e contaria com grande apoio.
Com a confirmação do nome de Eraí Maggi, outro postulante ao cargo de governador, ao PP, Julier teria apenas mais uma alternativa viável a ser o candidato do bloco governista além do PT, o PMDB.
No entanto, petistas afirmam que este é o momento da reciprocidade e que agora é a vez do PT encabeçar a chapa do grupo, após o apoio ao hoje senador Blairo Maggi (PR) e ao próprio Barbosa nas últimas eleições.
Uma chapa governista seria costurada com Julier candidato ao governo, um vice do PMDB e o PR, possivelmente com o deputado federal Wellington Fagundes (PR), concorrendo ao senado. Neste cenário, com o PP contando com Eraí Maggi, o grupo ficaria rachado e se uniria em um eventual segundo turno.
Esta possibilidade já foi abordada por filiados de PT e PMDB, que não enxergam problema algum em Dilma Rousseff (PT), atual presidente que tentará a reelieção, ter 2 palanques no Estado.
Ter duas candidaturas ajudaria a minar a força do pré-candidato e senador Pedro Taques (PDT), que se prepara para ser o candidato de oposição ao governo e, embora não confirme a pré-candidatura, age como se já fosse candidato.