O Tribunal Regional Eleitoral decidiu, esta manhã, que não deve haver a quebra do sigilo bancário dos doadores da campanha de 2012 do prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), no processo eleitoral que corre em segredo de justiça e que o acusa da prática de "caixa dois" e compra de votos.
Segundo o advogado do prefeito, José do Patrocínio, o TRE considerou a quebra de sigilo desnecessária, pois os alvos do pedido não estavam como acusados no processo. Ele conta ainda que foi acolhido o pedido do prefeito entrou com o recurso contra o pedido de quebra, que veio do Juiz de primeiro Grau, da 58° Zona Eleitoral da comarca de Várzea Grande, Otávio Vinícius Affi Peixoto.
O advogado explicou que a quebra de sigilo deve ser adotado com precauções, pois é um mecanismo que deve ser adotado apenas quando esgotados outras modalidades de investigação. "As contas de pessoas e empresas estariam abertas de forma inconstitucional caso o recurso não fosse acolhido", conta.
O processo investigatório já corre a 10 meses na Justiça Eleitoral, e acusa o prefeito Walace e seu vice, Wilton Coelho Pereira (PR), sob a acusação de compra de votos, abuso de poder econômico, além da prática de "caixa dois no pleito de 2012 do qual saiu vencedor.
Com isso, a denúncia que foi feita pelo Partido Democratas de Várzea Grande (DEM) ao Ministério Público Eleitoral (MPE), que encaminhou a denúncia á Justiça Eleitoral, deve seguir em segredo de justiça.
Na época, o DEM chegou a tentar invalidar a eleição da qual a candidata da legenda, Lucimar Campos, esposa do senador Jaime Campos (DEM) saiu derrotada. O pedido foi motivado pelo fato de terem encontrado em um bairro periférico de Várzea Grande sacolas plásticas contendo títulos de eleitores falsificados, que segundo a acusação, teriam sido utilizados pelo peemedebista no dia da votação.