Os desdobramentos da Operação Miquéias, da Polícia Federal, que culminou com prisões de lobistas que corromperam prefeitos e ex-prefeitos em vários Estados, repercutiu na sessão desta manhã, da Câmara de Lucas do Rio Verde. O município foi citado em conversa do advogado Mardem Elvis Fernandes Tortorelli, de Cuiabá, acusado pela PF de ser lobista do grupo que assediava gestores do sistemas previdenciários, com Luciane Lauzimar Hoeperse. No diálogo, Mardem solicita que Luciane venha a Mato Grosso para "visitar" o município de Lucas do Rio Verde. "Semana que vem, semana que vem é pra mexer, pra vim pra cá pra começar a mexer", diz um trecho da conversa, em abril deste ano, e gravada por policiais federais.
O líder do prefeito na Câmara de Lucas, Aluisio Bassani, garantiu que os recursos da previdência social do município são investidos de forma transparente e não há nada de irregular. "Quero dizer que a população pode ficar tranqüila que os recursos da previdência social de Lucas do Rio Verde são investidos em instituições financeiras do município e não há nada irregular. As contas da previdência social sempre foram tratadas com muito carinho porque é dinheiro do servidor e todos os prefeitos e vereadores que passaram em outras gestões, sempre procuraram cuidar desse recurso público. O que está havendo são questões políticas para tentar denegrir a imagem do município e isso não nos afeta, até porque estamos tranqüilos em relação a aplicação desses recursos" garantiu o líder do prefeito na câmara vereador Aluisio Bassani.
A quadrilha foi desmantelada pela Polícia Federal na Operação Miqueias por possíveis fraudes que teriam causado prejuízos da ordem de R$ 300 milhões.
O ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), está entre os investigados na operação. Outras cidades mato-grossenses foram alvos dos lobistas para propor negócios escusos.
Mardem Elvis Fernandes Tortorelli negou, em entrevista anterior quando foi deflagrada a operação, que teria cometido irregularidades.