Foi oficializada a composição da comissão provisória do Solidariedade, partido recém criado, que no Estado será comandado pelo deputado Adalto de Freitas, tendo como secretário-geral o ex-prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio. O registro foi protocolado junto à Justiça Eleitoral. A união de líderes políticos dissidentes do PMDB, caso de Adalto e de Pátio além de outras legendas dá ares de “força política” ao Solidariedade, que despertou interesse no denominado bloco da oposição. Possível candidato ao governo, o senador Pedro Taques; além do prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta e o presidente estadual do PDT, deram a primeira “cartada” rumo as eleições de 2014, em reunião realizada com Adalto.
Taques tenta convencer a nova sigla sobre as vantagens de se unir ao bloco, integrado pelo PSDB, PPS e DEM e que se aproxima do PSB e PV. No encontro, a formação do grupo teria sido dada como certa. Mas como as alianças só se consolidam às vésperas das eleições, partidos na maioria das vezes utilizam o “último momento” para de fato selar as costuras. Em que pese esse panorama, as parcerias prévias são necessárias, para dar andamento aos planos.
A comissão provisória do Solidariedade é formada por sete membros, e será alterada assim que oficializada a desfiliação de Adalto de Freitas e de Zé Carlos do Pátio do PMDB. Adalto encaminhou o pedido de desfiliação ao diretório municipal de Barra do Garças. A composição atual aponta como presidente Adalto Limongi de Freitas, filho do deputado.
Como não recebeu a confirmação de sua desfiliação, Pátio optou por indicar na provisória Celson Antônio de Carvalho, na função de secretário-geral. “É uma alternativa emergencial optar por outros nomes que serão substituídos. Precisamos dar impulso a construção do partido e ao mesmo tempo, não podemos correr riscos com prazo legal de desfiliação. Existe receio sobre falhas que levariam a Justiça Eleitoral e interpretar como dupla filiação. O processo de desfiliação é de responsabilidade da legenda”, explicou Adalto. Quando for instituído, o diretório regional do Solidariedade contará com 23 membros.
O partido tende a se aproximar do bloco da oposição. Adalto ressalta que “a agremiação nasce com a meta maior de implementar mudanças no Estado, portanto, não pode fazer parte do mesmo grupo que está no governo”.
Nacional – Em matéria de circulação nacional, na Folha de São Paulo, consta que as negociações dos dois novos partidos, Solidariedade e Partido Republicano da Ordem social (PROS), para filiar cerca de 50 deputados federais, “envolve a entrega a eles do comando das siglas nos estados e a promessa de um generoso rateio do dinheiro do Fundo Partidário, algo entre R$ 3 e R$ 3,80 por voto recebido pelos congressistas”.