O prefeito Dilceu Rossato (PR) deve se reunir, sábado, com vereadores da bancada aliada para tratar da insatisfação de alguns parlamentares com as decisões de cortes em convênios e repasses para instituições, tomadas pelo secretário de Finanças, Marcos Folador. Rossato disse que não existe a menor possibilidade de Folador deixar o cargo. "Nunca passou por minha cabeça demiti-lo", disse.
Alguns vereadores fizeram duras críticas as decisões e a postura política do secretário, na segunda-feira à noite, durante sessão da câmara. Virgilio Dalsóquio chegou a pedir a saída dele do cargo.
A presidente do legislativo, Marilda Savi, apontou que existe insatisfação dos vereadores e que é preciso diálogo com Rossato para resolver os problemas.
O corte de R$ 80 mil para Associação de Pais e Mestres de escolas públicas foi uma das últimas atitudes que desagradou a câmara – também houve criticas da oposição. A suspensão no repasse teria sido motivada porque o crescimento na arredação de impostos não estaria dentro do estimado no orçamento. A previsão feita em maio, aos vereadores, é que as receitas poderiam chegar a R$ 170 milhões até dezembro.
De acordo com dados que constam no balanço no Tribunal de Contas do Estado, em agosto, a arrecadação de impostos da prefeitura de Sorriso cresceu 10,3% no primeiro semestre representando mais de R$ 5,7 milhões. Os números divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), apontaram que a arrecadação totalizou R$ 61 milhões ante R$ 55,2 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. Somente as transferências correntes (intergovernamentais e de convênios) somou mais de R$ 49,5 milhões.