Em discurso, hoje, o senador mato-grossense Jayme Campos (DEM) pediu mais atenção e empenho dos governantes e autoridades para a dura realidade vivida pelos mais de 10 milhões de brasileiros doentes renais crônicos. "Eles lutam sem tréguas contra a doença; para eles os dias não são apenas dádivas; são, na verdade, o resultado do esforço e da fé que os mantêm firmes na esperança de sua integridade moral, pois enfrentar os males do corpo para eles não se trata de uma opção, mas sim de uma condição de subsistência", disse.
Dentro desse seguimento da população, afirmou Jayme Campos, há aqueles que necessitam de hemodiálise frequente para continuarem vivos. Em 2000, havia 43 mil brasileiros dependentes de hemodiálise, número que subiu para 98 mil em 2012, disse o senador. Para ele, o governo tem falhado no atendimento a essas pessoas, muitas delas de baixa renda.
O senador também disse que em Mato Grosso são apenas 11 clínicas de hemodiálise, que, embora insuficientes em termos numéricos, têm equipamentos de última geração. No entanto, essas clínicas muitas vezes têm seus procedimentos comprometidos pela falta de exames periódicos nos pacientes, como os de sangue e urina.
O Sistema Único de Saúde (SUS) também peca, na visão do senador, no fornecimento de remédios e exames periódicos para os enfermos.
Diante disso, Jayme Campos comunicou que está elaborando projeto de lei para a criação de uma política nacional de atendimento ao paciente renal, com campanhas sobre as causas e efeitos da doença; criação de núcleos de referência nos estados; aprimoramento do sistema de transporte de pacientes; elaboração de estoque regulador de medicamentos; e financiamento de clínicas no interior do país.