Um grupo, composto por profissionais da Secretaria de Estado de Educação, líderes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e membros da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, se reúne, nesta terça-feira (3), na Seduc, a partir das 9h, para elaborar uma proposta sobre o aumento do percentual destinado à educação. A inteção é por um fim na greve que já dura 16 dias.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, disse, por meio de assessoria, o que o governo quer construir uma proposta em cima da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do orçamento para o próximo ano. Assim, segundo Nadaf, na reunião de amanhã será debatido o aumento do percentual da educação e, consequentemente, uma elevação da base salarial da categoria. "O governador determinou uma equipe da secretaria de educação para tentar construir, junto com o sindicato, aquilo que seja plausível dentro do orçamento do ano que vem. O governo está aberto para tentar solucionar esta questão".
O presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, avaliou como "importante" a reunião com o governador Silval Barbosa, que ocorreu hoje, e a comissão de educação da Assembleia Legislativa, para que sejam estabelecidos parâmetros sobre "o que de fato deve ser gasto na educação e o que não pode estar contido na folha da educação", disse.
O secretário de Educação, Ságuas Moraes, ressaltou que se a greve encerrar ainda essa semana é possível repor as aulas em tempo. "O governador está disposto a negociar e nos deu liberdade para negociarmos dentro de alguns parâmetros, então acredito que estamos perto de resolver este impasse", declarou.
Conforme Só Notícias já informou, os profissionais querem uma proposta propositiva do governo para dobrar o poder de compra dos salários e sete anos; assegurar os percentuais para a integralização do piso para este ano; percentual de horas de trabalho pedagógico para interinos nas portarias que normatizam o ano letivo de 2014, a ser elaborada este ano; data para a posse dos classificados e realização de novo concurso público; aplicação dos 35% dos impostos arrecadados na educação.
Na semana passada, o governador explicou que há impedimentos de ordem econômica apontando que o Estado não tem R$ 282 milhões mensais para atender os 10% de aumento reivindicado. Os professores e técnicos estão em greve desde o dia 12.
Em Mato Grosso são 56 mil profissionais, sendo que 90% aderiram o movimento grevista. Cerca de 400 mil alunos estão sem aulas.