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Silval diz que não há como atender pedido dos professores

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O governador Silval Barbosa (PMDB) apela ao bom senso dos trabalhadores da educação, em cenário em que aponta a impossibilidade de atender, nesse momento, as reivindicações da classe. A pressão da categoria, em novas manifestações na quarta-feira, na Assembleia Legislativa, levou o governador a convocar reunião urgente no Palácio Paiaguás, com secretários do núcleo econômico e na presença do gestor da Educação, Ságuas Moraes.

Após verificar o quadro, Silval foi claro sobre impedimentos de ordem econômica: “cumprimos todos os acordos com a classe da educação. Para atender novas reivindicações seria preciso mais R$ 282 milhões no orçamento para 2014. E não temos esses recursos. Portanto, peço aos professores que entendam a situação, porque esse é o governo que mais assegurou avanços para a área em Mato Grosso”.

Silval irá explicar o quadro diretamente para o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado (Sintep-MT), e para a Comissão de Educação, presidida pelo deputado Alexandre César (PT), na próxima segunda-feira, às 14h, em reunião na sede do governo. O encontro foi articulado pelo presidente em exercício da Assembleia, deputado Romoaldo Júnior (PMDB). “Pedi que os representantes da classe fossem ouvidos na Comissão de Educação e estou saindo agora (ontem a tarde) do Palácio Paiaguás. O governador vai conversar e explicar a situação do Estado e quem sabe, se chega a um acordo”, ponderou Romoaldo.

O levantamento apresentado ao governador revela que a folha salarial da classe dos trabalhadores na educação consome anualmente R$ 1.475.279,00. Esse total, segundo Silval, representa 49,44% dos repasses constitucionais à área, de 25% sobre o orçamento geral do Estado. O governador lembrou ainda que em sua gestão, a categoria conquistou avanços sobre reajustes, com “ganho real” de 25,8% sobre o salário. “Além da reposição da inflação fizemos, com muito esforço, adequações salariais que asseguraram um ganho real aos salários. Temos outra situação que é a convocação de concursados, a maior da história da gestão pública do Estado”, analisou o governador.

Diante do diagnóstico, Silval confirma que a educação recebeu 9.200 chamamentos de concursados de um total de aproximadamente 15 mil na atual administração. “Temos cerca de 36 mil servidores no setor e os convocados via concurso público ampliaram o quadro em panorama que contribui para a melhoria da área. Reafirmo o compromisso do governo com a educação, mas não podemos sair dos limites prudenciais da peça orçamentária porque iríamos causar um colapso na gestão financeira de Mato Grosso”, frisou Sival Barbosa.

O governador lida, paralelamente, com uma seara difícil em termos de equilíbrio do orçamento. O caixa público passa por ajustes em déficit em torno de R$ 900 milhões que precisa ser estancado até o dia 31 de dezembro. Presidente do Sintep, Henrique Lopes, chama a atenção para o quadro de contratados, que chegaria a aproximadamente 19 mil servidores.

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