O presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB), confirmou que haverá mudança na empresa que irá realizar o concurso público para preenchimento de 430 vagas. A IDP não deve mais realizar o certame pela demanda, já que em nove dias, foram registradas 50 mil inscrições. Romoaldo reconhece a idoneidade da empresa, mas ressalta que ela não possui "know how" na realização de concursos. Para garantir a lisura do certame, o presidente da Casa já está sondando as três maiores realizadoras de concurso, inclusive a Fundação Getúlio Vargas. Ainda não foi confirmado quando o novo edital será lançado.
O concurso foi lançado no dia 16 de julho e suspenso cerca de dez dias depois, sendo que deve ser reaberto novamente por mais dez dias. A suspensão ocorreu após denúncia de irregularidades no edital do concurso público, que prevê salários que variam de R$ 2 mil a R$ 6 mil, com vagas para motoristas, copeiros, jornalistas e radialistas. A Assembleia Legislativa garante àqueles que fizeram as inscrições, que estão assegurados, os que já pagaram taxa de R$ 120.
O Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) e radialistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pediram a suspensão do edital, ao Ministério Público Estadual (MPE). O MCCE alegava que a empresa não possuía experiência em concurso para realizar o mesmo e apontou o despreparo da mesma, que utilizou lei de Mato Grosso do Sul sobre isenção de doadores de sangue, na taxa do concurso. Já os radialistas, reivindicavam alteração no edital, que não previa ensino superior para as vagas destinadas aos profissionais de Rádio e TV.
Outro ponto questionado foi a não participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que deveria ter acompanhado todo o certame, já que tem existe vaga em aberto para Procurador Legislativo. Com todos estes apontamentos e para evitar a judicialização do certame, a Mesa Diretora decidiu pela suspensão do concurso, que deveria ter sido relançado em 11 de agosto. Mesmo com toda a demora, o presidente garante que a prova será realizada em outubro, e que dará posse aos aprovados já em dezembro.
Romoaldo Junior aponta que o número de inscritos superou as expectativas, o que levou a dispensa da empresa IDP. "O volume de inscritos deve chegar a 80 mil, quando reabrirmos o edital, já que contamos com 50 mil inscritos. A Assembleia reafirma a transparência e lisura do processo licitatório", garantiu.