Mesmo tendo o vice-governador do Estado, Chico Daltro, e o deputado José Riva como seus principais articuladores, o PSD demonstrou que é mais um partido que está descontente com o Governo Silval Barbosa (PMDB) e a condução da gestão pública estadual. Após mais de duas horas de reunião na presidência da Assembleia, o PSD chegou a discutir a entrega de todos os cargos no governo do Estado, como já havia feito alguns meses atrás até que chegaram num consenso com o chefe do Executivo Estadual e voltaram para a base.
A presença do partido é tão significativa que, além do vice, dos dois deputados federais e cinco estaduais, o PSD tem a presença da esposa de José Riva, Janete Riva, como titular da Secretaria de Cultura do Estado e outros nomes significativos como o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Meraldo Sá Figueiredo e o vice-governador Chico Daltro que acumula a Secretaria de Cidades.
Na reunião, o descontentamento ficou tão claro que alguns preferem deixar suas funções públicas agora e partirem para o processo eleitoral, antecipando uma eventual saída marcada para o ano que vem, que pela legislação eleitoral é de seis meses antes do pleito, e pela vontade do governo o limite temporal deverá ser em janeiro caso o governador Silval Barbosa permaneça até o final do próximo ano, ou em março caso ele se desincompatibilize.
Os membros do PSD ficaram de se reunir novamente hoje pela manhã para adotar as medidas em relação ao seu posicionamento na Assembleia Legislativa e perante o governo do Estado que sempre é barrado pela função do vice-governador e pela proximidade do deputado José Riva que mesmo sendo critico ao governo do Estado, sempre se demonstrou um solucionador de crises políticas.
Da decisão de hoje será reforçada outra postura, a da formação do Bloco Independente que deve contar com a forte presença da maioria dos parlamentares do partido na Assembleia liderados pelo deputado e líder, Walter Rabello que é favorável a formação do bloco independente não para fazer oposição, mas para pontuar e defender os interesse de Mato Grosso.
O próprio Silval Barbosa (PMDB) comentando as possibilidades da formação de blocos independentes na Assembleia Legislativa reconheceu os mesmos como sendo democráticos e parte do processo governamental, mas pontuou que a criação de blocos não pode se tornar algo que mais tarde inviabilizaria o Estado que necessita de todo o suporte e apoio para promover as alterações para enfrentar a crise econômica mundial.