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Vereador de MT que atirou em secretário vai depor em setembro

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Pivô de um atentado político na campanha de 2012, quando atirou contra 3 pessoas das quais uma delas morreu, o policial militar que hoje é vereador por Santo Antônio do Leverger, Marcelo Robson Queiroz Moura (PDT) é réu num processo por compra de votos movido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e foi notificado para comparecer numa audiência no dia 12 de setembro próximo. Na ação, o MP pede a cassação do registro dele que mesmo se envolvendo na confusão que culminou na morte de um secretário municipal, ainda foi eleito vereador com 298 votos. Bacharel em Direito, Marcelo, antes de ser eleito, era lotado no Quartel Geral da PM e desempenhava atividades na área jurídica.

O fato, tratado como a suposta compra de votos foi denunciado ao Ministério Público Eleitoral nas vésperas das eleições de 7 de outubro do ano passado. A denuncia motivou a abertura do processo contra o vereador. Caso a Justiça acate os argumentos do órgão fiscalizador e entenda que houve compra de votos, Marcelo Queiroz poderá perder o diploma e ficar inelegível por 3 anos. Ele nega as acusações. Sua defesa é feita pela advogada Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura que alega tratar-se de denúncia infundada. A Audiência de setembro, para oitiva das testemunhas arroladas pela defesa e acusação, está marcada para às 13h30 no Fórum da Comarca de Santo Antônio do Leverger.

Marcelo também teve suas contas de campanha de 2012 desaprovadas pelo juiz eleitoral Murilo Moura Mesquita, da 38ª Zona Eleitoral. A sentença foi proferida no dia 28 de novembro de 2012, em consonância com o parecer do Ministério Público Eleitoral que emitiu posicionou pela reprovação, em virtude de inconsistências e não apresentação de recibos de doações, em dinheiro, que ele recebeu em sua campanha. O magistrado desaprovou as contas do pedetista, porque segundo ele, a ausência de comprovação das doações de bens estimáveis em dinheiro impede que a Justiça Eleitoral aponte, com segurança, a origem dos recursos. A defesa do vereador recorre da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TER), mas ainda não conseguiu reverter a situação.

Processo criminal

Na esfera criminal, Marcelo responde a processo relativo ao fato que culminou na morte do então secretário de Obras, Isaías Vieira Pires, 62, e deixou feridos seu motorista Fagner Souza Rosa, alvejado com um tiro no abdome e o bombeiro aposentado Airton Miro de Arruda, ferido por estilhaços no braço. Ele chegou a ser preso, mas ganhou uml habeas corpus para responder ao processo em liberdade.

A confusão aconteceu no dia 5 de setembro de 2012 quando Marcelo se envolveu numa confusão durante uma reunião do diretório municipal do PDT. No encontro, a Comissão de Ética do partido, presidida por ele discutia a abertura de processo de expulsão de 4 infiéis, sendo o secretário Isaías, seus filhos Patrícia Vieira e Isaías Júnior (então vereador à época do fato) e ainda Adelmar Genésico Galio. Mas houve bate boca e agressões físicas. Marcelo, então pegou seu revólver dentro do veículo e atirou nos desafetos, alegando legítima defesa, pois segundo ele, era agredido pelo grupo com empurrões, chutes e porradas.

 

 

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