A se confirmar a atual evolução das receitas públicas nas três esferas de Poder, Federal, Estadual e Municipal, as previsões são pessimistas em relação ao que se esperava arrecadar, mas são superiores ao realizado no ano de 2012. Para se ter uma ideia, com um orçamento estimado em R$ 2,276 trilhões para o ano de 2013, o governo federal já arrecadou até a última sexta-feira, R$ 1,054 trilhão, 47,9% do previsto, sendo que, se não houver atropelos, a chance de se atingir R$ 2,175 trilhões, o que seria menos de 2% do inicialmente previsto para arrecadar, já demonstra que o problema do Brasil não é falta de recursos e sim de gerenciamento e definição de prioridades que esbarram no Pacto Federativo, defendido por todos os governantes e políticos, mas pouco aplicado na realidade.
Do total arrecadado no Brasil inteiro, mais de R$ 900 milhões foram em impostos, ou seja, saíram do bolso do contribuinte e o que leva a crítica é que 62% deste total fica no governo federal, 24% vão para os Estados e 14% para os municípios, sendo que nestes dois últimos residem os problemas da população como saúde, educação, segurança políticas sociais.
‘É preciso haver uma reavaliação do Pacto Federativo, porque se não a situação tende a piorar, pois para os Estados e Municípios o pagamento da dívida pública para com o governo federal consome a maior parte dos recursos que serviriam para investimentos em prol da população", assinalou o governador Silval Barbosa (PMDB). A situação financeira de Mato Grosso também não é das melhores. Até o último dia 26, Mato Grosso já havia arrecadado um total de R$ 9,932 bilhões em receitas gerais que, descontadas as obrigações, reduzem a parte que cabe ao governo do Estado para R$ 7,606 bilhões. Em se mantendo o ritmo de crescimento na arrecadação a perspectiva inicial que era de R$ 12,8 bilhões pode chegar a R$ 15,8 bilhões.
A pressão em cima dos cofres públicos de Mato Grosso foram aliviadas com a operação de reestruturação do resíduo da dívida pública em pouco mais de U$S 500 milhões ou pouco mais de R$ 1 bilhão que reduziram em mais de R$ 200 milhões o desembolso previsto para 2013 que estava estimado em R$ 1,333 bilhão e deverá superar pouco mais de R$ 800 milhões.