A executiva estadual do Partido da República deve se reunir, nos próximos dias, para articular projetos alternativos visando as eleições de 2014, tendo em vista que o principal nome da sigla para disputar o governo do Estado, o senador Blairo Maggi, recuou do projeto e deixou o debate sobre eleição para o próximo ano. Entre os projetos alternativos para a majoritária, o partido trabalha com os nomes do juiz federal Julier Sebastião da Silva (que foi convidado a se filiar) e o ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o "Maurição".
O secretário regional da sigla, deputado estadual Emanuel Pinheiro, explica que a reunião deve ocorrer na última semana deste mês, antes do fim do recesso da Assembleia Legislativa. "Iremos discutir a visão do partido para as eleições de 2014 e também debateremos projetos alternativos para a majoritária, porque o PR não pode ficar sem um candidato próprio".
Mesmo atuando como juiz federal, Julier Sebastião da Silva tem sido assediado pelos partidos para ingressar na disputa de 2014, principalmente, em chapa majoritária. Julier já foi sondado pelo PT, PMDB e agora, foi convidado pelo PR. "O convite para o Julier se filiar ao PR, foi uma ação do deputado Mauro Savi para fortalecer o partido. Todo bom nome que venha para construir e somar ao partido, será bem-vindo".
No entanto, mesmo que tenha negado candidatura ao governo do Estado, senador Blairo Maggi afirmou que não iria discutir sobre o convite ao juiz, por este não ter sido realizado oficialmente. Maggi é o maior cacique do partido no Estado. "O juiz possui um nome de peso, que pode disputar em todos os níveis, desde governo ao Senado, pois honrou Mato Grosso em sua trajetória na Justiça, e se migrar para a vida pública, irá engrandecer o Estado", reiterou Pinheiro.
Sobre o questionamento da candidatura ou não de Maggi, o deputado argumenta que o partido "não pode esperar a banda passar". "O projeto de candidatura do senador Maggi, ao governo em 2014, é o nosso principal projeto. Ele é o nosso nome de mais peso, mas não podemos ficar parados sob pena de enfraquecer a sigla. O PR precisa de candidatura própria".
Conforme Pinheiro, nomes como o de Julier e o de Maurição devem ser trabalhados com liberdade para que a sigla possa construir um projeto para as eleições de 2014. "Precisamos de alternativas".
Sobre aliança com o PMDB e o PT, que também já demonstraram interesse em lançar Julier ao governo, tendo em vista que as duas siglas firmaram aliança para 2014, mas que já demonstra rusgas com a queda de popularidade da presidente Dilma, Pinheiro ressalta que o PR também definiu por candidatura própria.
"Cada partido irá caminhar com seu projeto e lá na frente iremos discutir sobre alianças. A convivência destas siglas na base governista é fruto da eleição vitoriosa em 2010, mas que não tem nada haver com 2014. Podemos estar juntos ou em palanques opostos, mas primeiramente, iremos trabalhar pela unidade".