O ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra, divulgou nota, há pouco, pedindo a compreensão da população, “particularmente de Juara e de Sinop” por seu “ato carregado de forte emoção” ao ter agredido, com uma borduna, o deputado Dilmar Dal Bosco, quebrando um de seus dedos da mão. “Tentem entender este ato, como uma reação natural, apesar de indevido, de um irmão mais velho em defesa de seu irmão mais novo”, defende-se. Oscar vem sendo muito criticado por diversas lideranças políticas no Estado por ter batido no deputado, na frente de um capitão da PM, que havia revistado Dilmar e constatado que ele não estava armado. Na nota, o ex-prefeito busca amenizar os desgastes que vem enfrentando nos últimos dias também pelo fato de, no dia seguinte a agressão, já de cabeça não tão quente, ter afirmando que voltaria a bater no deputado, sob argumento que se ele novamente fizesse ameaças. Dilmar reiterou que não fez qualquer ameaça e estava em Juara pedindo votos ao seu candidato, que era adversário de Edson Piovezan, prefeito eleito, com apoio de Oscar Bezerra.
Embora reconheça o erro, Oscar não pediu desculpas. “De fato, este entrevero ocorreu. Na madrugada de sexta-feira (6), fui acordado às duas horas da manhã, pelo meu irmão mais novo, Fernando, onde ele me avisava que havia sido ameaçado de morte pelo deputado Dilmar e que o mesmo havia sido flagrado entrando na casa de eleitores, na calada da noite, possivelmente promovendo a captação ilegal de eleitores. Fiquei totalmente transtornado, e de fato, apesar de termos avisado imediatamente a polícia dos delitos em curso e a mesma ter se dirigido para o bairro onde o deputado se encontrava, não consegui tirar da cabeça, enquanto me dirigia para o local, a cena do meu irmão caçula sendo ameaçado de morte”, diz Oscar, na nota.
“Todos em Juara e os amigos que me conhecem pelo Estado afora, sabem que de fato tenho uma personalidade forte, mas incapaz de fazer mal à quem quer que seja, entretanto, não poderia aceitar, passivamente, alguém atentar contra a vida de um membro da minha família. Reconheço que deveria ter deixado a polícia concluir seu trabalho, como por exemplo, entrar na casa que o deputado apressadamente adentrou quando viu a aproximação da viatura policial, ao que tudo indica para se desfazer da arma de fogo e de outras possíveis provas que o incriminassem”, afirma Oscar. “Quando cheguei e de cabeça ainda “quente”, de fato agredi o deputado e, infelizmente, acabei, erradamente, abortando o trabalho investigativo da polícia, fato que acabou favorecendo ao deputado, pois o mesmo, como por um passe de mágica, saiu da posição de suspeito de três crime (captação ilegal de eleitores, ameaça de morte e porte ilegal de arma de fogo), para a posição conveniente de vítima de agressão”, acusa o ex-prefeito
Ele afirmou ainda que “o deputado Riva (seu adversário), acaba de comentar na imprensa, que seu grupo político, na verdade, teria ganho as eleições de Juara, pelo fato dos três candidatos derrotados terem mais votos do que prefeito eleito, ao somarem seus votos e serem de seu “esquema político”, ou seja, ao que parece, o deputado Dilmar estaria à serviço do deputado Riva, em sua desesperada tentativa de desestabilizar o pleito de Juara, mais uma vez”, conclui Oscar.
(Atualizada às 19:09h)