Decidido a não permitir que a polêmica questão dos serviços de transporte coletivo afete sua administração por causa de ilações políticas, o prefeito Mauro Mendes (PSB) decidiu colocar com transparência total o tramite para se definir o valor da tarifa a ser cobrado pelos serviços que são uma concessão pública.
Em reunião com sua equipe de trabalho o prefeito decidiu convocar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, os vereadores e outras instituições ou organizações para analisarem e discutirem o preço das tarifas no transporte público que se tornou foco principal das manifestações que sacudiram o Brasil nos últimos dias e protagonizaram outros debates de questões como a reforma política.
Evitando tratar o assunto como uma caixa-preta como foi apontado por diversos vereadores na sessão da última terça-feira, onde estariam uma série de armadilhas para aumentar o valor da tarifa a ser cobrada da população, Mauro Mendes, acredita que colocando o assunto de forma pública e chamando para um debate popular conseguirá despertar na população o interesse pelo debate e pelas definições.
Aliás nos últimos dias a tônica da administração municipal tem se voltado para debater junto ao cidadão as principais decisões da gestão Mauro Mendes em Cuiabá e assim está acontecendo com o Orçamento Participativo que em sua primeira edição para 2014, já prevê algo em torno de R$ 25 milhões a serem definidos pela população, onde e como aplicá-los.
As duras críticas dos vereadores voltadas principalmente por causa das declarações dos responsáveis pelo transporte coletivo de que os projetos de Lei aprovados importariam em um aumento da tarifa para R$ 3,41, levaram Mauro Mendes a decidir tratar o assunto fora dos gabinetes do Palácio Alencastro e com o aval de instituições como o Ministério Público e o TCE.
Fora isto, ao dar transparência nos quesitos que compõem os custos totais da tarifa do transporte público que consome recursos do Tesouro Municipal por causa do passe livre, o prefeito abre caminho também para outra questão exigida com rigor pelo Ministério Público, que é a realização da licitação das empresas que atuam nas diversas linhas da capital de Mato Grosso que chegaria a transportar mais de 250 mil pessoas diariamente.
A licitação é apontada pelo MP como necessária para promover um rodízio que valorize as empresas que prestam serviços de qualidade para atender aos usuários do sistema.