A possibilidade de não realizar sessão na Câmara de Cuiabá, amanhã foi afastada, após reunião dos vereadores. A sessão seria suspensa após recomendação da polícia, devido à manifestação que acontece, hoje, na Praça Alencastro, em que os manifestantes pretendem acampar em frente à sede da câmara. A principal reivindicação é o transporte público.
Conforme o vice-presidente da mesa diretora, vereador Onofre Júnior (PSB), a polícia havia recomendado que a sessão fosse suspensa, por não poder garantir a segurança de todos os vereadores e manifestantes. Após reunião dos vereadores, hoje, ficou definido que a sessão será realizada e os projetos relacionados ao transporte público serão votados.
O vereador ressalta que a sessão será realizada normalmente já que os manifestos em Cuiabá foram pacíficos. “Não conseguiremos recepcionar todos os participantes da manifestação, porque nas galerias cabem apenas 200 pessoas, então iremos dispor de um telão para que a sessão seja transmitida ao vivo aos demais manifestantes”.
Os vereadores também pretendem se reunir com a comissão de organização dos manifestos. “Colocaremos em pauta os projetos relacionados ao transporte público, como a volta dos cobradores, o aumento do tempo de integração, o projeto do vereador Allan Kardec (PT) para redução da tarifa do transporte público ao valor de R$ 2,70”.
Outra lei que deve ser apreciada em sessão é a Lei do Passe Livre, que os vereadores tentarão revogar para manter o texto original, já que foi alterada em 2007, pelo ex-vereador Lutero Ponce. “Queremos voltar ao texto original porque não existia determinação de horário para o passe livre”, concluiu Onofre.
Outro projeto polêmico que entra em pauta na sessão de quinta é a Lei da Mordaça, que deve ser revogada, e foi aprovada em 2011, durante a gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), mas não foi colocada em prática e determina que os veículos de comunicação realizem registro das pessoas que comentam em matérias veiculadas na internet. De autoria do vereador Onofre, existe temor de que a lei possa cercear a liberdade de expressão.