O prefeito Juarez Costa confirmou, esta manhã, em entrevista coletiva, que a primeira parcela referente a reposição salarial de 6,2%, de janeiro a abril, já foi paga aos profissionais da Educação. No final deste mês será pago a segunda parcela. “O restante será pago em duas vezes. Nós pedimos em até seis vezes, mas já queremos quitar”, explicou.
O impacto na folha de pagamento da prefeitura, este ano, na área da educação é de R$ 4,6 milhões. De acordo com o prefeito, a possibilidade de convocação de novos professores já foi estudada. Porém, o gestor acredita que “os profissionais não vão desrespeitar uma decisão judicial. O que esperamos é que os professores voltem ao trabalho”, disse.
A prefeitura confirma que, das 41 reivindicações feitas pelo Sintep, 38 foram aceitas. Entre elas a equiparação de 30 horas semanais a todos os cargos, com salário correspondente a 40 horas. O prefeito disse que será preciso fazer reposição das aulas “em julho, dezembro e se necessário janeiro. Sábado não haverá”, declarou.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Sidinei Cardoso, os servidores devem manter a greve. “Nós vamos esperar a publicação em Diário Oficial, sobre a determinação do tribunal, para depois discutirmos o que fazer. Nós temos 72 horas após a publicação”, explicou, ao Só Notícias.
Os professores, técnicos, merendeiras e demais paralisaram as atividades há 30 dias. Cerca de 8 mil alunos estão sem aulas, nas escolas e creches municipais.
Os servidores estão cobrando reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, o prefeitura argumenta que só pode pagar parcelado. O valor estimado é de R$ 555 mil, somente para os professores. Apesar disso, alguns profissionais de várias escolas e creches voltaram ao trabalho. O sindicato também quer a reposição salarial de 6,2% mais 1,78 para todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional).
O Tribunal de Justiça, conforme Só Notícias já informou, atendeu, na terça-feira (21) pedido da Prefeitura de Sinop para que os profissionais da Educação retornem ao trabalho. O prazo estipulado para acabar com a greve é de 72 horas, após a citação. A decisão é da desembargadora Maria Helena Póvoas. Caso a decisão não seja cumprida, multa diária de R$ 20 mil pode ser aplicados ao sindicato.
(Atualizada às 11h48)