As injunções para a troca do atual titular da pasta de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, teriam pouco respaldo técnico e administrativo e muito mais argumentos políticos pois a saída do titular com a indicação do médico e deputado Guilherme Maluf (PSDB) representaria a acomodação do primeiro suplente Gilmar Fabris (PSD), o que agradaria aos demais 24 deputados estaduais.
Indiretamente houve até mesmo ilações de que Maluf, chegando ao Governo do Estado, fecharia mais uma porta para a oposição que não é feita pelo parlamentar, mas sim por seu partido, que se mantém na trincheira ao atual grupo político liderado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e pelo senador Blairo Maggi (PR) que desde 2003 sucedeu o PSDB no Governo do Estado.
Maluf desconversa e sinaliza que questões de saúde não se resolvem apenas com nomes, mas com pesados investimentos e com a meta de que sem recursos não se consegue promover uma saúde de qualidade, independente de quem esteja na condução de seu processo de execução.
Distante das discussões políticas, Mauri Rodrigues de Lima ganha fortes adeptos à sua permanência no cargo, como manifestado no decorrer desta semana pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, após reunião onde foi discutida a remodelação e eficácia da regulação, aquisição de medicamentos com preços acessíveis e estruturação do Serviço de Atendimento Móvel de Saúde SAMU.
"Nossa intenção é reforçar as parcerias que já existem com a Secretaria Estadual de Saúde. A união de esforços irá refletir diretamente na qualidade do atendimento à população", frisou Prado. O procurador-geral disse reconhecer os esforços da atual administração da saúde pública que tem conhecimento político e técnico para enfrentar os gargalos da saúde no Estado de Mato Grosso.