A deputada estadual Luciane Bezerra, que comandará a executiva estadual do recém-criado partido Mobilização Democrática (MD) esteve reunida, hoje, em Brasília, com a cúpula nacional da sigla para sanar dúvidas acerca do processo de filiação, como a definição de critérios para filiação dos membros, maior segurança jurídica para os líderes com mandato e estipulação de prazos.
Luciane havia informado que a homologação da sigla estava prevista para ser realizada nesta quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral, que também responderia a consulta sobre a infidelidade partidária para os filiados que possuem mandato. No entanto, o TSE não se manifestou sobre a homologação e o partido não cobrou para aproveitar o tempo e organizar as executivas regionais.
Entre as temáticas, está a definição de critério para filiação dos membros devido a grande demanda de insatisfeitos que pretendem deixar seus partidos e se filiar ao MD. A deputada também busca maior segurança jurídica para que possa garantir aos líderes com mandato, que não irão incorrer no crime de infidelidade partidária caso migrem para a sigla recém-criada.
A legislação eleitoral prevê que o mandato pertence ao partido, mas a mudança é permitida quando novos partidos são criados. Luciane ressalta que apesar de ser criado a partir de uma fusão entre o PPS e o PMN, os partidos foram extintos para criação do MD, com novo estatuto e CNPJ.
A segurança jurídica é necessária já que Luciane conta com possibilidade de ingresso na sigla de 5 deputados estaduais. ‘Convidamos todos os parlamentares para se filiarem ao MD, mas existem nomes que estão em negociação, só que não podemos revelá-los até que tenhamos a confirmação do TSE de que não haverá infidelidade, para que estes parlamentares não sofram perseguição partidária‘, disse.
O projeto do MD em Mato Grosso é apoiar a candidatura ao governo do senador Pedro Taques (PDT) em 2014. Conforme Luciane, a sigla procura se fortalecer nestas eleições para a disputa municipal em 2016, que é o projeto do partido. Sobre o seu futuro político, Luciane reitera que a intenção é disputar a reeleição, mas que caso o nome se projete com a força política do partido, pode vir a completar a chapa majoritária. ‘Trabalhamos para fortalecer o MD para que disputemos a chapa majoritária, cujo nome da deputada pode ser viabilizado para vice-governo ou Senado‘, citou.
Integrante do Movimento Mato Grosso Muito Mais (PSB, PDT, PV e MD), a sigla já abriu diálogo para formar as alianças em 2014, com as siglas PSDB, DEM e PTB.