Executiva estadual do PP deliberou, na segunda-feira, o calendário de encontros regionais que visam mapear os 134 municípios onde o partido mantém representação. Secretário-geral da agremiação, deputado estadual Ezequiel Fonseca, aposta na chance de construção de chapa majoritária. Em que pese o PP fazer parte da base de sustentação do governo Silval Barbosa (PMDB), começa defesa de mebros da direção pela revisão do posicionamento em relação às eleições de 2014.
Ezequiel, cortejado pelo novo partido, a Mobilização Democrática (MD), descarta a possibilidade de deixar os quadros do PP. No Estado, a sigla continua sob a presi- dência de Pedro Henry, condenado no episódio do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em tempo, o desgaste da imagem de Henry não deve pesar sobre as ações do partido. Nomes como o de Ezequiel Fonseca, que coordenada a Frente Parlamentar Municipalista na Assembleia Legislativa, equilibram os trabalhos.
As reuniões começam por Barra do Garças, em ato previsto para o dia 11 de maio. O partido fará diagnóstico sobre cada cidade. A meta é buscar nomes para compor as disputas proporcionais e majoritárias. Henry, avesso à imprensa, tem se mantido em campo de resguardo. Não participou da reunião, ontem, em Cuiabá. Mas deverá colaborar com a programação, em reconhecida astúcia para a lida com as nuances da política.
Ezequiel Fonseca destaca a intenção de o partido agregar aliados. “Temos uma boa representação do partido no Estado. Com os encontros buscaremos avaliar cada município, junto à base eleitoral, para verificar os quadros. O PP, as- sim como vários outros partidos, tem chances de lançar novidades para o pleito de 2014”, disse o secretário-geral sugerindo “surpresas” para o próximo embate eleitoral.
Quando o assunto é o governo do Estado e o apoio conferido ao Executivo, o partido prefere optar pela cautela de análise. Não existe confronto exposto, mas aumentam a cada dia o número de insatisfeitos com a gestão Silval Barbosa. Ezequiel tem contabilizado reclamações constantes de prefeitos, descontentes com o tratamento dispensado por pastas de primeiro escalão. O parlamentar já se reuniu com representantes do Estado, pediu mais atenção, mas segundo ele o retorno está aquém do esperado. O PP mantém costuras com siglas da oposição.