O governador Silval Barbosa (PMDB) descartou qualquer possibilidade de mudanças no staff. O anúncio, via Casa Civil, por meio do secretário chefe Pedro Nadaf, tem o intuito de proteger a imagem do Palácio Paiaguás dos arranhões gerados por especulações sobre troca de secretariado. Nos bastidores, entram em cena os secretários de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues, e o gestor da Secopa, Mauricio Guimarães. Ambos estariam “cotados” para possíveis substituições.
Nadaf tratou o tema com o governador, e utilizam o comunicado para minimizar o impacto político sobre as eventuais mudanças. “Não existe nenhum encaminhamento ou chance de o governador Silval Barbosa rever o comando das pastas que estão sendo especuladas como a Saúde e a Secopa. São manifestações sem fundamento”, analisou o secretário chefe da Casa Civil.
O nome de Mauri, teoricamente, estaria ameaçado por outras vias, como o ex-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), e o deputado estadual Guilherme Maluf. Na avaliação de Nadaf, os apontamentos sobre os nomes fazem parte do contexto “natural das táticas políticas”, principalmente em ano pré-eleitoral.
Os rumores sobre alterações na gestão da Saúde receberam mais atenção com as reclamações de prefeitos sobre atraso no repasse de recursos para os Executivos. Houve acordo entre o Estado e os municípios, com parcelamentos dos débitos e reordenamento sobre as remessas de 2013. Mas ainda pesa sobre a pasta outras pendências, como pleito feito pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) para debates em torno do montante para o atual exercício. Em relação à Secopa, Maurício Guimarães passa por saia-justa em razão dos apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), sobre atraso nas obras para a Copa de 2014.
Para o governador, as discussões “fazem parte do processo democrático” e não motivam, nem de longe, análise sobre revisão de gestores de secretarias. E ao que tudo indica, Silval estaria satisfeito com o desempenho de Mauri na Saúde. O secretário tem garantido, com suporte da Casa Civil, contornar dissabores no setor, um dos mais criticados.