Apesar de nascer com um projeto ambicioso, a Mobilização Democrática (MD) ainda busca nomes de “peso” para poder alçar o voo maior esperado pelos criadores da nova legenda no país e também em Mato Grosso. A principal meta da agremiação recém criada é conseguir emplacar candidatura própria ao governo do Estado na eleição do próximo ano. Mas para isso tenta assegurar os melhores nomes para encabeçar este projeto e o principal alvo continua sendo o senador pedetista Pedro Taques.
Taques até já descartou a possibilidade de mudar de lado. No entanto, o presidente regional do MD e prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, pretende insistir com o senador para que ele mude de ideia e lidere o projeto visando o governo do Estado em 2014. Além de Percival, outros nomes com ligações com o próprio senador, e que estão migrando para o novo partido, estão sendo “escalados” para ajudar a convencer primeiramente Taques a mudar de legenda.
Posteriormente, estas mesmas pessoas teriam que convencer o senador a encabeçar o projeto ao governo. Desde que foi eleito, em 2010, Pedro Taque vem dizendo que cumprirá seu mandato como senador, que é de oito anos. Em várias oportunidade e entrevistas ele descarou veementemente concorrer ao pleito do próximo ano. Todavia, depois da eleição surpreendente, na qual deixou para trás nomes com bastante história na política local como o do ex-senador Antero Paes de Barros (ex-PSDB) e do ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), seu nome foi alçado naturalmente como possível candidato ao governo.
Pesquisas eleitorais realizadas, este ano, mostram uma polarização da preferência popular. O atual senador e ex-governador, Blairo Maggi (PR), vem liderando. No entanto, logo em seguida, aparece Taques com uma diferença nem tão grande. Isso mostra que o pedetista tem boa aceitação popular e isso favorece que os líderes políticos de seu atual partido o “empurrem” para a disputa e os líderes do recém criado partido o vejam ele como o objetivo principal para fazer com que a legenda embale.
Em uma primeira tentativa, Taques recusou e foi gentil dizendo que era favorável a criação da nova legenda e até ajudaria no que fosse possível. No entanto, Percival conta com a história de amizade e triunfo da eleição passada para tentar convencer o pedetista.