Representantes dos servidores municipais da Educação e o secretário Hedvaldo Costa, definiram, há pouco, a formação de um grupo de trabalho para discutir as reivindicações da categoria. Uma das principais cobranças é a equiparação do piso salarial dos professores com os da rede estadual. Para carga de 40 horas semanais, os atuais R$ 1.456,82 saltariam para R$ 1.937,26 e o mesmo percentual seria aplicado para 30 horas; além da valorização dos servidores nos cargos de técnicos e realização de concurso público. Um nova reunião acontece na quinta-feira (11).
Em relação ao piso salarial, em resposta ao Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso, em Sinop, (Sintep), a secretaria apontou que irá se propor a executar o estabelecido pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 1.567 para professores, em 40 horas semanais. “As 30 horas para o pessoal de apoio já existem, a administração já dá na prática mas não está no papel. Tem a lei 562 e estamos embasados nela, mas ainda não existe no PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salário) e o Sintep solicita de forma justa que seja colocado”, afirmou Hedvaldo.
Em relação ao concurso público, a pasta frisou que estão sendo feitos estudos pela prefeitura apontando, inclusive, o início de uma discussão sobre o assunto com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O número de vagas necessárias é levantado pela secretaria, já que o orçamento teria que ser suplementado. Sobre a valorização dos profissionais técnicos, foi apontada a necessidade de um estudo com estimava de orçamento por parte do Sintep, além de uma comissão independente da prefeitura. “Ainda se tem muito a discutir. Hoje esbarramos nos dois primeiros itens, entre os três ou quatro mais importantes. Mas objetivo enquanto administração é que se chegue ao entendimento”, disse o secretário.
O vice-presidente do Sintep, Valdeir Pereira, destacou que, se não houver acordo com relação às reivindicações, os profissionais devem decidir em assembleia se entram em greve. A definição das discussões devem ser repassadas a eles na semana que vem. “A administração está sentando para discutir. A pauta é bastante extensa, há itens que geram bastante discussão, principalmente da valorização profissional, mas o primeiro passo já está sendo dado. É uma reunião tardia, porque desde maio do ano passado a administração não chamou para sentarmos efetivamente e fazermos algumas negociações propositivas. Estamos no mês de abril e agora que estão acontecendo. Esperamos que avance o mais rápido possível”.
Sinop tem, atualmente, 33 escolas municipais, sendo 17 de ensino fundamental e 16 de centros de educação infantil. São cerca de 13 mil alunos.