A burocracia é um dos principais problemas que impedem a continuidade das obras públicas paradas em Sinop. A justificativa é do prefeito Juarez Costa (PMDB), que, em entrevista ao Só Notícias, disse que em muitas os valores iniciais estimados ficaram acima dos previstos em contratos firmados com as empreiteiras, sendo necessários todos os trâmites previstos na legislação, para readequação das verbas. O que demanda tempo. O posicionamento foi feito menos de duas semanas depois do vereador de oposição, Fernando Assunção (PSDB), confirmado terem sido protocolados documentos no Ministério Público, requerendo providências.
O prefeito disse, sem citar nomes, que “o vereador deveria ter mais um pouco de responsabilidade. Ele é um fiscalizador. Primeiro tem que saber porque que a obra está parada. É falta de dinheiro? Incompetência da administração? Não. Ele tem que saber quantos que tem de recursos dessas obras no caixa da prefeitura desde ano passado. É um problema de realinhamento em preço. [Tem que saber] que a empreiteira quer continuar, que está querendo o que não pode por lei se pagar. Então, infelizmente, dentro da burocracia da máquina pública somos obrigados a parar e encontrar uma saída”, rebateu.
Dentre as obras paradas estão seis creches municipais. Cinco delas estão no Jardim Jacarandás, Nações, Sebastião de Matos, Daury Riva e Adriano Leitão, e devem ter 1.118 metros quadrados de área construída. Juarez afirmou que a administração tem R$ 3 milhões em caixa para elas, mas depende ainda dos trâmites burocráticos. “Já o restaurante popular, porque está parado? Porque uma comissão da sociedade, pois o conselho que é formado por cidadãos de Sinop, foi a Toledo e a Curitiba (ambas no Paraná), ver como funciona os melhores restaurantes do Brasil, e pediu muitas mudanças no que estamos construindo. E essas mudanças encarem quase R$ 1 milhão as obras. O prefeito acatou e aceitou. Vamos tirar do caixa mais dinheiro de contra partida para investir, para que não dê problema amanhã”, destacou.
Juarez disse que o problema com obras paradas também afetam o setor privado, mas destacou que no setor público, os trâmites são deferentes. “Algumas obras privadas, por exemplo, tem os seus problemas, mas a solução é do proprietário, ele faz como quiser. Aqui não, se tem leis para obedecer, então, o vereador tem que se informar melhor. E tem uns que não é falta de informação, são maldades mesmo, a questão política do ano que vem, que tentam tumultuar”, disse. “Então é preciso informar. Não é um vereador que tem a obrigação de fiscalizar e entender, e simplesmente querer fazer uma denúncia eleitoreira no Ministério Público. Ele tem que entender, buscas informação, que ele tem toda informação e passar a verdade para sociedade”, acrescentou.