O diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Jorge Fraxe, reconheceu que a parte de supervisão de obras é o ponto fraco do órgão. A declaração foi dada em audiência pública, hoje, na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal. Além de relatar as atividades do DNIT, ele respondeu a vários questionamentos dos parlamentares.
Fraxe afirmou que o órgão não dispõe de topógrafo ou laboratorista de solo, por exemplo, e devido a isso é necessário recorrer a consultores terceirizados para realizar a supervisão das obras. Atualmente, o DNIT tem mais de mil contratos de empreendimentos, o que dificulta ainda mais o processo.
O diretor afirmou que está sendo alterado o modelo de contrato para supervisão das obras. Desta forma, a empresa supervisora passará a ser responsabilizada em caso de problemas. Além disso, observou, as empresas contratadas serão obrigadas a fornecer arquivos eletrônicos detalhados sobre todo o serviço realizado.
De acordo com a Agência Senado, a audiência pública foi proposta pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que pediu esclarecimentos sobre a auditoria do TCU que encontrou buracos e afundamentos em dez de 11 obras entregues em 2011 e 2012.