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Presidente de CPI diz que não havia auditoria em pagamentos do MT Saúde

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a situação administrativa, financeira e contábil do MT Saúde, deputado Walter Rabello, afirmou, hoje, que não houve auditorias internas, o que pode indicar pagamentos superfaturados às instituições hospitalares. Um assessor jurídico de empresa de consultoria, administração e tecnologia (que prestou serviços ao MT Saúde) havia afirmado à CPI  que todos os pagamentos do MT Saúde eram auditados, porém os técnicos da CPI negaram a informação. "Ele será convocado novamente porque mentiu. Quando se fala à CPI, a pessoa está sob juramento e, por isso, ele pode ser processado por perjúrio", acusou Rabello.

Representantes de três hospitais em Cuiabá foram ouvidos hoje na CPI. O diretor operacional de um hospita, Gledson Iuris, afirmou à comissão que realmente nunca houve qualquer tipo de auditoria por parte do MT Saúde. "Nós fazíamos a nossa auditoria interna e enviávamos ao MT Saúde, que repassava o dinheiro. Vez ou outra algum auditor do plano ia ao hospital verificar algum caso específico, mas isso não era regra", explicou.

Segundo ele, a dívida do MT Saúde com hospital onde trabalho, entre julho de 2011 e março de 2012, era de aproximadamente R$ 4 milhões. Um acordo firmado em abril de 2012 determinou o pagamento em 7 parcelas que, segundo Gledson, foram quitadas. "Hoje o hospital atende normalmente todos os pacientes conveniados ao MT Saúde", afirmou.

Já o diretor executivo de outra unidade hospitalar, Juliano de Moraes Vieira, garantiu que, dos cerca de R$ 5 milhões devidos à unidade hospitalar pelo MT Saúde, cerca de R$ 600 mil não foram pagos. "Desde 10 de outubro de 2012 não atendemos mais pelo plano", disse.

O relator da CPI, deputado Emanuel Pinheiro (PR), chegou a pedir para que o hospital, um dos maiores da capital, retornasse o atendimento aos servidores públicos conveniados ao MT Saúde. Juliano, porém, afirmou que se a situação continuar como está, não será possível o restabelecimento do plano no hospital. "Tem que haver confiança, porque os médicos precisam receber. Não adianta eu chegar lá e propor que eles voltem a atender pelo MT Saúde se não houver credibilidade ao plano. Quando houve o parcelamento da dívida, recebíamos de forma totalmente irregular. Um mês eles (MT Saúde) pagavam, no outro alegavam que não tinham dinheiro, aí depois pagavam parte da parcela, enfim, não podemos confiar nesse modelo que está instalado hoje", desabafou.

Juliano também foi categórico ao afirmar que nunca houve qualquer auditoria por parte do MT Saúde no pagamento ao hospital. "Nós fazíamos nossa auditoria, e por meio do nosso relatório eles pagavam".

O presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas (Coopanest), Wilmar Pires, foi o mais contundente em suas declarações. "Os médicos precisam receber. Não havia auditoria e isso é o coração de qualquer plano. Como podem pagar por algo que nem sabem se existiu realmente? Em todas as profissões há os bons e os malandros e, sem auditoria, o cara deita e rola", afirmou.

O ex-secretário de Administração Cézar Zílio e o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Bastos Jorge, serão ouvidos novamente pela CPI.

 

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