Passados quase três meses do pleito eleitoral deste ano, o deputado federal e presidente regional do PMDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, descarta novas parcerias com o Partido dos Trabalhadores em disputas eleitorais futuras no Estado. Em 2014, as legendas se juntaram, pela segunda vez, entorno da candidatura ao governo do ex-vereador Lúdio Cabral (PT), mas, assim como em 2012, quando o petista disputou a prefeitura de Cuiabá contra o prefeito Mauro Mendes (PSB), foram derrotadas.
“Vamos rever essa questão de parceria entre PT e PMDB. Acho que alguns estados, como em Mato Grosso, o PT deve ter o seu candidato e o PMDB ter o dele. E somar em um segundo turno”, avaliou.
Para Bezerra, o próprio PT prejudicou Lúdio nas eleições deste ano. A legenda estava divida: mostrava resistência a Lúdio e desejo de ter em seu quadro de filiados o ex-juiz Julier Sebastião, que acabou se filiando ao PMDB, mas não foi escolhido para disputar nenhum cargo da majoritária.
“O maior problema não foi conosco, foi com o próprio PT. O PT estava rachado, a cúpula do PT não queria a candidatura do Lúdio e resistiu até a última hora. E isso atrasou tudo, atrapalhou tudo”, lembrou o peemedebista.
De fato, enquanto o grupo da oposição já tinha como certa a candidatura de Pedro Taques (PDT), que acabou sendo eleito no primeiro turno, a base aliada ao governo Silval Barbosa (PMDB) enfrentou uma série de diálogos e articulações que custaram a resultar na escolha do nome ao governo. “E depois o PT continuou rachado. Isso foi uma preocupação muito grande e atrapalhou tudo”.