Escolhido pelo governador eleito Pedro Taques (PDT) para comandar a área da segurança pública do Estado, em momento crítico, o promotor Mauro Zaque promete avançar sobre o setor com implementação de uma política austera de gestão, a partir de ações como a instituição de um sistema de integração e regionalização de atuação das polícias civil e militar do Estado. “Teremos uma atuação de resultados, vamos mexer na estrutura para garantir ações efetivas”, promete.
Zaque reconheceu as dificuldades do setor, em razão do escasso efetivo da PM, mais de 6 mil agentes no Estado. “É uma missão que nos deram, porque a situação da segurança pública no Estado não é fácil. O governador Pedro Taques está empenhado e preocupado com a segurança. O foco agora é administrar uma máquina pública complexa, que é a segurança pública. Estamos preparando um projeto e vamos atuar de forma integrada, com controle central na política da área. Teremos metas a serem cumpridas por todos. Não basta estimular, mas temos que cumprir metas dentro de prazos. É com cobrança de prazo que trabalharemos ao final desse período de 100 dias para discutir os resultados”.
Um reforço para os trabalhos poderá ser conferido, segundo Zaque, com a perspectiva de entrada de mais 600 PMs na corporação. “Ainda é pouco, porque temos mais de 6 mil, mas Mato Grosso deveria contar com efetivo de 12 mil. Então temos que trabalhar com inteligência, com um sistema avançado de mapeamento das zonas quentes de crimes. Nos orientaremos nessas ações de segurança com acesso a esses dados estatísticos”, assinalou.
O secretário acrescentou ainda que fará uma gestão de choque na área da segurança pública, sempre respeitando os direitos do cidadão. Pontuou ainda atuar dentro das regras da legislação. “O criminoso se trata como tal, tudo dentro da estrita legalidade. Jamais nos afastaremos da política de direitos humanos”, afirmou em resposta a possível adoção do modelo “Oscar Travassos”, ex-secretário de Estado de Segurança Pública conhecido pela intolerância ao mundo do crime.