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Riva e irmãos Campos anunciam suas prováveis aposentadorias

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Nomes conhecidos na política mato-grossense devido ao longo período de atuação, o deputado estadual José Riva (PSD), o senador Jayme Campos e o deputado federal Júlio Campos (ambos DEM) anunciaram suas prováveis aposentadorias.

Os três tem mais de 30 anos de vida política. Entre as controvérsias de escândalos durante o exercício dos cargos, eles sempre se destacaram no patamar entre os mais votados aos cargos em que disputaram. E, nestas últimas eleições, decidiram, até então, tomar outros rumos na carreira profissional e até pessoal.

Com 32 anos de vida pública, José Riva anunciou a aposentadoria após concorrer ao cargo de governador do Estado este ano e, durante a campanha, ser impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (STE), devido não se enquadrar na lei da “Ficha Limpa”.

Em uma auto-avaliação, Riva salientou que teve muitos acertos e erros também, mas que ajudou a promover mudanças expressivas na Assembleia Legislativa, lugar onde atuou durante 20 anos. Ele revelou que vai se dedicar aos próprios negócios e que desistiu, definitivamente, da carreira política.

“Tem muitos acertos. Você erra muito também. O ser humano é imperfeito, é cheio de defeito. A gente nunca quer errar, mas erra. Mas eu considero que recolocamos a Assembleia no caminho. Quem conheceu a Assembleia há 20 anos e conhece hoje, sabe das transformações que aconteceram. Aprovei leis importantes, decisões importantes que tomamos”.

Sobre os próximos planos, ele destaca que vai se dedicar exclusivamente às empresas de comércio de terras, madeireira, pneus entre outros. E, mesmo que a filha, a deputada estadual eleita Janaina Riva (PSD), seja a nova política da casa, só irá opinar no momento em que ela consultar.

“Vou trabalhar bastante no plano privado. Eu não quero mais política, eu não sou mais candidato. Política na minha casa é a Janaína. Eu já tomei a decisão de não mais disputar a eleição e a partir de agora a única política lá é ela. Janaina vai caminhar com as suas próprias pernas. Dona do nariz dela, não dou opinião. Lógico que se ela pedir um conselho, eu vou dar como pai. Mas eu acho que ela é uma pessoa muito preparada, muito madura”.

A ‘era Campos’, após 60 anos na vida pública do Estado, aparentemente chegou ao fim. Pelo menos é o que os irmãos, Júlio e Jayme Campos afirmam no momento. Após a derrota nas urnas de Júlio Neto (DEM), filho do atual deputado federal, o seguimento da família sofreu uma interrupção depois de décadas no pleito.

Mesmo depois de ventilar uma possível candidatura a prefeito de Várzea Grande, nas eleições de 2016, Jayme Campos ainda não deu certeza se iria continuar nos palanques do Estado. Em entrevista à Rádio CBN, no último dia 15 de dezembro, o senador disparou críticas à atual gestão, comandada por Walace Guimarães (PMDB), e deu indicativos no interesse em entrar na disputa novamente. Ele já foi prefeito da cidade por três vezes, além de ocupar cargo como governador do Estado.

Já Júlio disse que já não tem mais disposição em ter a mesma rotina de antes, e que quer chegar aos 80 anos com tranquilidade. Ele teve o mandato cassado em julho deste ano, devido a acusações de compra de votos nas eleições de 2010.

Em entrevista, Júlio avalia que deu a sua contribuição por Mato Grosso e relembrou os 42 anos de vida pública que exerceu no Estado. “Comecei a minha vida [pública] muito jovem ainda, com 25 anos de idade, em 1972, eu fui eleito prefeito de Várzea Grande. Fiz uma administração muito dinâmica, que me credenciou a quatro anos a ser o deputado federal mais votado de Mato Grosso, em 1978. E em 1988, logo após, ser governador eleito pelo voto popular”.

Ele ainda salienta que, quando se é político, há pouco tempo para se dedicar à família, devido à agenda extensa para atender a população, tanto da Capital, como no interior. E que nesta etapa da vida, pretende se dedicar aos netos, principalmente após um pedido da esposa, Isabel Campos (falecida em 2012).

“Tenho quatro netos e agora fiz um compromisso comigo, com a minha mulher, dona Isabel, na véspera de morrer. Ela pediu ‘Júlio, estou indo, mas cuida dos meus netos’. Então, quero agora aproveitar, viver um pouco para a família. Não vou dizer que fui perfeito, mas posso dizer que fiz o máximo que me foi permitido. Sou um homem cristão e só tenho a agradecer”. 

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