Policiais federais prenderam, no final da manhã, em Cuiabá, o vereador de Itanhangá (Nortão), Silvestre Caminski (PPS). Ele estava na Assembleia Legislativa e logo após discursar foi preso, por ordem judicial, no inquérito que investiga a venda de lotes da reforma agrária para fazendeiros e produtores de Lucas do Rio Verde, Sorriso e diversas cidades da região. Silvestre participava, com deputados federais, estaduais, pequenos produtores da audiência pública debater a a operação Terra Prometida, reforma agrária e situação dos assentamentos.
O motivo da prisão de Silvestre é para 'não atrapalhar nas investigações'. Políticos ainda tentaram invervir, mas diante do mandado judicial, fizeram protesto, cantando -juntamente com os demais participantes da audiência – o hino nacional.
Durante audiência, moradores e pequenos sitiantes levaram faixas protestando: "Itanhangá está de luta pela injustiça", quanto as prisões de algumas pessoas que estavam atualmente em lotes da reforma agrária.
A PF prendeu, mês passado, na operação Terra Prometida, 33 pessoas – entre empresários, fazendeiros, servidores do Incra, ex-dirigentes do sindicato rural acusados de fraudes de títulos, compra e venda de áreas da reforma agrária. Silvestre é o segundo político de Itanhangá preso. No dia que a operação foi deflagrada, o vice-prefeito, Rui Schenkel, também foi preso. Todos foram soltos por decisão da justiça federal – ficaram cerca de uma semana presos.
(Atualizada às 12:38hs)