A maioria da bancada mato-grossense no Congresso vou favoravelmente ao projeto que muda a lei para alterar a meta fiscal do governo e permite a presidente Dilma ajustar suas contas. Foi uma das sessões mais longas (durou cerca de 19 horas) que terminou ontem de madrugada, com duros embates entre governistas e oposicionistas.
O senador Pedro Taques (PDT), governador eleito, foi contrário ao projeto. Já Blairo Maggi (PR), aliado de Dilma, votou pela aprovação. O voto de Jayme Campos não foi informado.
Na Câmara dos Deputados, entre a bancada mato-grossense, Dilma teve 90% de apoio. Carlos Bezerra, Eliene Lima, Welington Fagundes, Roberto Dorner, Saguas Moraes e Valtenir Pereira votaram favoravelmente. Apenas Nilson Leitão (PSDB), que já foi líder do bloco oposicionista, votou contrário.
Computando todos os votos, na Câmara o projeto passou com 240 votos favorávels e 60 contrários. No Senado, foram 39 favoráveis e 1 contrário.
A lei obriga o governo federal fazer uma poupança para pagar os juros da dívida pública (superávit primário) e assim cumprir a meta fiscal. Porém, de janeiro a setembro o governo, estados,Municípios e estatais tem rombo acumulado de R$ 15,3 bilhões, o que é considerado histórico. Anteriormente, o governo Dilma previa que, até o final de dezembro, deveriam sobrar pelo menos R$ 116,1 bilhões, equivalentes. Agora, com a aprovação das mudanças, o governo vai ajustar suas contas.
Se o projeto não fosse aprovado, o governo federal poderia não cumprir o pagamento dos juros de sua dívida pública – R$ 2,1 trilhões até outubro e teria dificuldade em reduzir sua dívida, que tende a aumentar.