O habeas corpus concedido, ontem à noite, pelo juiz Pablo Dourado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ao empresário Marino Franz, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, também foi concedido para os 34 investigados que foram presos na operação Terra Prometida. A maioria está presa em Cuiabá (centro de custódia) e deve ser liberada hoje. Haveria cerca de 8 pessoas no presídio Ferrugem, em Sinop, que também devem ser colocadas em liberdade. Os procedimentos legais do TRF estão sendo expedidos e a tendência é que sejam soltos esta tarde.
Os 18, que seguem foragidos, continuam sendo procurados por agentes da Polícia Federal, com o nome incluído no cadastro nacional.
Dentre os presos estão o vice-prefeito em Itanhangá, Rui Schenkel, os produtores Odair e Milton Geller (irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller) e demais acusados de comprarem terras da reforma agrária que foram destinadas para pequenos produtores em Itanhangá/Tapurah, com o auxílio de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo a PF, cada 100 hectares dos lotes comercializados equivale a R$ 1 milhão.
No total, houve 52 prisões decretadas. A Polícia Federal investiga o caso desde 2010. Houve relatos de pequenos sitiantes que teriam sido ameaçados e obrigados a deixar suas áreas e vendê-las para empresários e fazendeiros nas regiões Norte e Médio Norte. Alguns que ganharam as terras do governo teriam se aproveitado do benefício e vendido as áreas. A polícia descreveu alguns fazendeiros como 'líderes de quadrilha' e estariam, juntamente com alguns servidores do Incra, envolvidos em fraudes.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 11:57hs)