O senador Blairo Maggi (PR) anunciou, hoje, que vai votar favoravelmente ao projeto da presidente DIlma Rousseff para mudar a legislação e permitir que o governo feche as contas no azul. Blairo disse que o "governo reconheceu que tem problemas de caixa. E que se a nova meta para o superávit não for votada, surgirão problemas econômicos ‘ainda maiores’. Durante discurso na tribuna do Senado, hoje, ele afirmou que a gestão da presidente Dilma "já reconheceu que estava errada, que tem problema de caixa, enfim, o governo reconheceu que ajoelhou, e tanto é verdade, que mandou esse projeto para mudar”, defendeu.
A votação do Projeto de Lei do Congresso (PLN) nº 36/2014 ficou para o próximo dia 2. Pela proposta, o Poder Executivo poderá abater da poupança fiscal gastos como os do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações de tributos concedidas ao longo do ano.
Maggi lembrou que o governo iniciou várias obras públicas como duplicação de rodovias, construção de rodovias, pontes e, várias delas, inclusive em Mato Grosso, estão sendo tocadas pela iniciativa privada. “São fornecedores do governo que, se não houver essa flexibilização, não irão receber este ano. Ponto. O Executivo não tem dinheiro para pagar. Nós precisamos arrumar a situação de quem está dependente do governo, para que ele não quebre também”, contextualizou.
O senador ilustrou a situação em Mato Grosso, onde estão sendo duplicados 240 quilômetros da rodovia que liga Rondonópolis ao Posto Gil, passando por Cuiabá. Segundo citou, a construtora responsável, se não receber, necessitará paralisar a obra. E o efeito é cascata, com a demissão de funcionários, e o não cumprimento de outras obrigações financeiras por parte da empresa.
“Já sabemos que o governo errou. Eu mesmo vim à tribuna e disse, há um mês, que a contabilidade criativa que estava sendo feita ia ser um desastre, pois, no momento certo, o cobrador ia encostar a barriga no balcão, como se diz no interior, e ia dizer: ‘Me dá o meu’. O meu voto será favorável, não especificamente por causa do Governo; é pela economia que nós temos que levar adiante. Não podemos parar o país”, ressaltou Blairo, através da assessoria.