Eduardo Botelho (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB) foram apontados como candidatos a presidente e primeiro-secretário da mesa diretora da Assembleia Legislativa pelo grupo dos 11 deputados estaduais eleitos pela base do futuro governo Pedro Taques (PDT). A decisão foi adotada pelo bloco durante uma reunião realizada, na terça-feira (25) à noite, e pode representar um empecilho para a formação de uma chapa de consenso com o grupo adversário.
O sentimento entre boa parte dos 13 parlamentares que devem formar a oposição a partir de 2015 seria o de que não há chances de o outro bloco vencer a disputa sozinho. O entendimento é o mesmo por parte dos próprios membros da futura base governista que, segundo o deputado eleito Oscar Bezerra (PSB), estão dispostos a ceder cargos na chapa para conseguir mais aliados.
A tendência é que os parlamentares do PR sejam os mais assediados, uma vez que estaria no partido o maior problema do bloco adversário para se chegar à formação de uma chapa. Os republicanos Emanuel Pinheiro e Wagner Ramos já declararam publicamente não aceitar a candidatura do correligionário Mauro Savi à presidência sem que haja uma deliberação interna na legenda.
A bancada do PR até chegou a agendar uma reunião para debater o assunto. O encontro, no entanto, ainda não saiu do papel, segundo Emanuel, devido à incompatibilidade de agendas entre os deputados.
Pelo menos outros três deputados do grupo dos 13, como tem sido chamada a futura oposição, também não estariam satisfeitos com a ideia de Savi no comando da AL. O principal argumento é o de que o republicano não representaria uma alternância no Poder, uma vez que é o atual primeiro-secretário da Casa.
A alternância, inclusive, deve ser tornar um projeto de resolução a ser apresentado pelo bloco governista. Segundo o deputado eleito Max Russi (PSB), a proposta visa impedir que os parlamentares eleitos presidente e primeiro-secretário para os dois primeiros anos da legislatura disputem qualquer cargo na mesa diretora nos dois anos seguintes.