Com o nome disponível para a disputa da mesa diretora da Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) é um dos poucos parlamentares que não tem feito questão pela formação de uma chapa de consenso entre os blocos de situação e oposição ao futuro governo. Para o pessedista, que inclusive tem se destacado do grupo dos 13 – como tem sido chamado o bloco que possivelmente ficará do lado contrário ao governo Pedro Taques (PDT) -, é mais importante garantir a renovação do comando da AL. “Não tem que ter, necessariamente, uma chapa única. Se essa disputa tiver que acontecer, ela é salutar. Não adianta unir os dois lados se for para continuar com os mesmos nomes de sempre. Nesse caso, é melhor continuar só os 13 mesmo”.
Pleiteando o cargo de primeiro-secretário, Zé Domingos sequer chegou a participar do encontro realizado na casa do correligionário José Riva nesta semana, quando o assunto da eleição foi discutido entre os aliados. O argumento dele é que sua posição já foi externada o suficiente. “Não havia necessidade de eu ir para bater na mesma tecla de sempre”.
Embora a maior parte dos dois grupos já esteja caminhando para formação de uma chapa única, o deputado pessedista tem apoio quanto ao ideal de mudança na composição da Mesa. Além do bloco governista, que vê nesta possibilidade a chance de emplacar nomes seus nos cargos disponíveis, deputados do PR, em especial Emanuel Pinheiro, têm se mostrado favoráveis à ideia.
O posicionamento de Emanuel tem se dado mesmo diante do fato de Mauro Savi (PR), atual primeiro-secretário do Legislativo, ter se colocado como candidato ao cargo de presidente. A bancada do partido republicano, aliás, deve se reunir no final da próxima semana para debater o assunto internamente.