Aumenta o movimento entre vereadores da Câmara de Várzea Grande para criar uma CPI para investigar atos do prefeito Walace Guimarães (PMDB). Fonte do legislativo assegura estarem ocorrendo reuniões sistemáticas entre vereadores que articulam a estruturação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Peemedebistas também fariam parte das discussões.
O legislativo pega carona na ação eleitoral, interposta pela coligação da ex-candidata a prefeitura, Lucimar Sacre de Campos (DEM), contra Walace, por supostas irregularidades na campanha eleitoral de 2012, e que colocam em risco o mandato do gestor por acusações como compra de votos.
Aliados do DEM do senador Jayme Campos estariam no centro das articulações. Os vereadores precisam de 11 votos para instaurar a CPI. Já um eventual afastamento exigiria consenso entre 14 dos parlamentares.
Se a proposta lograr êxito, os vereadores poderão acentuar os trabalhos para tentar cassar o mandato do gestor até o final de dezembro, antes do recesso parlamentar.
Existem contrapontos sendo avaliados na “Casa de Leis”, como por exemplo, em relação ao vice-prefeito, Wilton Coelho (PR). Uma cassação de Walace poderia levar o republicano a assumir a chefia do Executivo do Paço Couto Magalhães.
Se houver derrota do prefeito pelo campo da Justiça eleitoral até dezembro deste ano, Lucimar poderá assumir a prefeitura. O peemedebista foi eleito com 35,11% dos votos válidos, menos de 50% dos votos. E se porventura houver a mesma decisão da Justiça eleitoral, só que em 2015, caberá ao presidente da Câmara Municipal, Jânio Calistro, assumir o comando do município e convocar eleições indiretas. Isso porque teriam transcorrido mais de 50% do mandato.
Situação idêntica ocorreu em Tangará da Serra, quando a Justiça cassou o diploma do então prefeito, Júlio Ladeia (PR) e do vice, José Jaconias (PT), acusados de abuso de poder econômico. Foi quando o empresário Saturnino Masson (PSDB) assumiu o comando da cidade, após eleição indireta do Legislativo.