PUBLICIDADE

Sorriso: marcada audiência de ex-vereadores cassados por cobrar propina

PUBLICIDADE

A juíza da Sexta Vara da Comarca, Ana Graziela Corrêa, definiu para o dia 18 de novembro a audiência de instrução e julgamento no caso envolvendo os ex-vereadores Chagas Abrantes, Roseane Marques e Gerson Francio, o “Jaburu”, cassados em novembro de 2011 por suposta cobrança de vantagens para apoiar o ex-prefeito Chicão Bedin (PMDB) na câmara. Só Notícias teve acesso à decisão, na qual ela acatou pedido deles e também do Ministério Público Estadual (denunciante), justificando “a necessidade de maior dilação probatória, oportunizando às partes a produção das provas quanto aos fatos por elas alegados que despontaram como controvertidos nos autos”. Testemunhas também vão ser ouvidas.

O MPE quer declaração dos atos de improbidade cometidos pelos requeridos; ressarcimento integralmente dos danos causados ao erário público; suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três a cinco anos; pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração junto a câmara; proibição de contratar (inclusive convênios) com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 3 anos; condenação em danos morais difuso causado a toda a coletividade, a ser judicialmente arbitrado, devendo tal valor ser depositado em fundo.

Na sessão que resultou nas cassações, os vereadores votaram 12 vezes (para Chagas foram 5 quesitos-acusações analisados, 3 de Gerson Francio e 4 de Roseane) e tudo foi secreto. Cada quesito correspondia a uma acusação caracterizando quebra de decoro parlamentar. Era necessário sete votos em cada um para ocorrer a cassação.

Chagas foi cassado ao ser condenado em duas acusações – uma delas de usar o mandato por ter feito gestão junto a prefeitura para obter vantagens financeiras para a emissora de TV dirigida por sua esposa. Em outros três quesitos (incluindo o da sua prisão), a maioria votou contra o relatório.

Jaburu foi cassado em dois quesitos (com 8 e 7 votos favoráveis) sendo um deles de usar mandato "para obter vantagens de R$ 40 mil a R$ 500 mil". Em outro, por "atos incompatíveis com o decoro parlamentar". No caso da prisão, a maioria entendeu que não houve quebra.

Roseane foi condenada em três dos cinco quesitos – pagamento do conserto do carro, emprego na prefeitura com salário de R$ 1,5 mil para o namorado e dinheiro em troca de apoio.

Chagas e Jaburu já presidiram a câmara e foram ferrenhos adversários do prefeito Chicão Bedin. Roseane estava no primeiro mandato. Os três então vereadores chegaram ficar detidos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Novo município no Nortão enfrenta dificuldades no 1º ano

Boa Esperança do Norte, o município mais jovem de...

Prefeito de Peixoto de Azevedo amplia horário de funcionamento de órgãos municipais

O prefeito Nilmar Paulistinha (União), de Peixoto de Azevedo,...

Mais de 5,3 mil indígenas são beneficiados pelo programa SER Família em Mato Grosso

Famílias indígenas de diversas etnias de Mato Grosso estão...

Governo Federal atualiza valor de imposto para microempreendedores individuais

O valor do imposto de arrecadação do Simples Nacional...
PUBLICIDADE