O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) acatou mais uma ação de investigação judicial eleitoral do candidato derrotado ao governo, Lúdio Cabral (PT), e da coligação dele, e abriu processo para apurar suposta compra de votos envolvendo o governador eleito Pedro Taques (PDT) e o vice Carlos Fávaro (PSD). É alegado em que no dia 17 de setembro um dos simpatizantes de Taques realizou “uma grande festança de caráter nitidamente eleitoral”, no km 16,3 da BR-364 em Cuiabá com “todo ornamentado de cartazes e adesivos dos candidatos investigados”.
É destacado ainda que a partir de investigações realizadas no local, por determinação judicial exarada em outros autos, “acabaram por comprovar a realização do evento, conhecido por "Quarta Pobre", o qual configurou, segundo os representantes, “flagrante abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio" […] em razão do fornecimento de “comida e bebidas para centenas de eleitores, em uma confraternização de nítido e evidente caráter político, com o ambiente todo preparado e voltado à promoção eleitoral dos investigados, que ainda ‘disponibilizavam’ seus adesivos e materiais de campanha".
No recebimento da ação, a desembargadora Maria Helena Póvoas (foto) destacou que “eis que relatados fatos e apontados indícios aptos a autorizar a abertura de investigação judicial tendente a apurar suposto abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio”.
Ela já havia aceitado ação também de Lúdio contra Taques por suposta compra de votos em União do Sul.
Todos os citados ainda devem manifestar defesa.