O ex-secretário Municipal de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, afirmou, ao Só Notícias, que não recebeu nenhuma notificação para comparecer e depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os remédios vencidos. Ele disse estar em viagem à capital do Estado e que nem tinha conhecimento que deveria estar prestando esclarecimentos sobre o assunto, ontem à tarde, aos vereadores.
O ex-gestor da pasta afirmou que não tem nada o que esconder e se notificado irá responder os questionamentos dos membros da comissão. Esta tarde, quem está prestando esclarecimentos sobre o assunto principal da CPI é o atual secretário Francisco Specian.
O vereador Wollgran Araújo (DEM) já havia informado, ao Só Notícias, que Mauri não foi localizado e também não justificou o motivo da ausência. “Parece que ele não está na cidade e só retorna no final de semana”. Uma nova data será marcada para o depoimento do ex-secretário. Diante da ausência dele, os vereadores que integram a comissão analisaram alguns documentos e fizeram inspeção “in loco” nos medicamentos.
Conforme Só Notícias já informou, os vereadores Carlão (PSD) e Fernando Assunção (PSDB) foram escolhidos como presidente e relator da CPI, respectivamente. Wollgran, Roger Schallenberger (PR) e Roberto Trevisan (PROS) ficaram como membros.
A CPI terá 60 dias para concluir os trabalhos, prazo que poderá ser prorrogado por mais 30 dias, caso haja necessidade. A comissão terá a função de “apurar os fatos e investigar as causas da não utilização em tempo hábil de medicamentos com prazos de validade vencidos estocados na Central de Apoio Logístico em Saúde de Sinop”. As denúncias foram feitas pela vereadora Zeila Benevides (PSDB) que encontrou mais de nove mil frascos de medicamentos vencidos – e que não podem ser utilizados – no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde.