O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, ouviu hoje duas pessoas, uma testemunha e outra informante arroladas pela defesa do ex-secretário Eder Moraes (PMDB), réu no processo originado da Operação Ararath. A defesa de Eder, sob responsabilidade do advogado Ronan de Oliveira, arrolou as testemunhas com a intenção de contestar as declarações do delator do esquema, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. Os depoimentos dele feitos na condição de “colaborador” da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) foram responsáveis pela 5ª fase da Operação Ararath deflagrada no dia 20 de maio deste ano.
Eder contesta as declarações de Mendonça sustentando ser inocente e não afirmando que o empresário mentiu e só citou algumas pessoas protegendo outras. A defesa chegou a dizer que Eder estava disposto a fazer uma acareação para ficar cara a cara com Júnior Mendonça, mas o juiz não viu necessidade de realizar o procedimento.
O teor das perguntas e respostas, tanto nos réus quanto das testemunhas não são divulgados, sob justificativa de que a operação e seus desdobramentos estão protegidos por sigilo judicial. No mesmo processo, também são réus o superintendente regional do Bic Banco em Mato Grosso, Luis Carlos Cuzziol e a esposa de Eder, a empresária Laura Tereza da Costa Dias. O processo está concluso para receber uma sentença nos próximos dias. Já foi aberta vista ao Ministério Público Federal (MPF), para fazer as considerações finais.
Eder já é réu em 4 processos, todos originados de inquéritos da Operação Ararath. Até o momento, somente, 3 dos 11 inquéritos, foram concluídos. O processo mais recente, recebido pela Justiça federal no dia 2 deste mês, tem além de Eder, o empresário José Geraldo de Sabóia Campos e foi originado do inquérito número 0445/2014. Nesta sexta-feira (10), Eder volta a ser interrogado no segundo processo, juntamente com o ex-secretário adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes Dias,também réu na ação desmembrada do primeiro processo.