O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), se disse disposto a reduzir gastos do Poder Legislativo como tem pregado o governador eleito Pedro Taques (PDT), desde que os outros poderes – Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público e Defensoria Pública – também façam esforços para baixar a conta da máquina pública. “Quando se fala em orçamento se subestima o orçamento da Assembleia e diminui isso prevendo o excesso e esse excesso já está dentro do orçamento da Assembleia e dos Poderes. De repente sentar com os poderes e fazer acordo de cavalheiros e com certeza terá esse acordo”, comentou em entrevista a uma rádio da capital.
O mais votado na eleição deste ano, Savi pretende continuar na mesa diretora e diz que é candidato a presidente na próxima legislatura. “Sou candidato a presidente e respeito todos os que tiverem o mesmo sentimento Por enquanto não apareceu outro nome, mas existem composições do nosso lado e do lado do Taques”.
Em relação ao alinhamento do PR com o governo de oposição eleito este ano, Savi diz que essa proximidade é muito relativa. “Se ele teve aceitação da população, nós também tivemos. Alguns foram eleitos para mudança e outros para continuar o trabalho que vinha sendo feito. Muitos que votaram com o Pedro votaram também em mim, quem votou em outros candidatos, também votou com o Pedro. As pessoas tinham esperança e queriam uma resposta. Não vou dizer amém a tudo, vou cobrar projetos que ele prometeu, os compromissos de campanha. Estarei à disposição para assuntos de interesse do Estado, mas farei oposição crítica para cumprimento dos seus compromissos”.
Savi se diz preocupado com um secretariado técnico e apartidário como Pedro Taques pretende implantar. “Isso é muito sério. Estou preocupado com o que possa acontecer sem secretários ligados a uma facção política. Somos ajudados em uma eleição por alguém que seja partidário ou de uma agremiação política. Quero assistir e ver como isso vai ocorrer”.
O deputado comentou ainda que apesar dos 55.233 votos conquistados, um crescimento pouco maior do que o desempenho nas urnas em 2010, ele lamentou o percentual de 23% das abstenções. “Os eleitores deram recado nas urnas. É muito sério esse descaso com a eleição. Este ano tivemos a menor audiência do horário eleitoral e deveríamos nos preocupar muito com isso. Acho que voto não deveria ser obrigatório, isso está errado”.