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Justiça Eleitoral conclui treinamento de técnicos de satélite em MT

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Técnicos que trabalharão nas eleições deste ano como operadores de transmissão de dados nas regiões mais remotas do Estado encerraram o treinamento que os qualificou para atender áreas rurais e aldeias indígenas que não contam com o serviço de internet ou telefonia. Os profissionais são responsáveis por transmitir, via satélite, os dados das urnas eletrônicas à Justiça Eleitoral. Este ano Mato Grosso utilizará 95 Bgans, que são equipamentos de transmissão disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para utilização em regiões distantes e de difícil acesso. O uso dos Bgans proporciona condições para que a totalização dos votos ocorra no mesmo dia das Eleições.

Os profissionais que atuarão em regiões de difícil acesso acumularão a função de técnicos de satélite e de urna. Sem os equipamentos de transmissão de dados seria impossível fechar a apuração das eleições no mesmo dia, já que em alguns locais o transporte das urnas de volta às zonas eleitorais pode levar até dois dias. As áreas que receberão os aparelhos foram selecionadas por meio de levantamento feitos pelos cartórios eleitorais, que mapearam a logística de transmissão. Os chefes de cartórios são os responsáveis por receber o aparelho, repassá-lo ao técnico e traçar a rota de transporte de ida e volta do profissional ao seu ponto de trabalho.

Os Bgans são equipamentos pequenos e flexíveis que permitem a transmissão simultânea de dados e voz, funcionando conectado ao satélite (como uma antena).Finalizada a votação, a mídia de resultado (uma espécie de pen drive) é retirada da urna eletrônica e transmitida via satélite ao TSE, em Brasília, que identifica o Estado de origem e transfere o boletim de urna para o respectivo Tribunal Regional. Dos 95 aparelhos cedidos a Mato Grosso, 94 serão colocados em funcionamento e um ficará de reserva para uma eventual necessidade de troca.

Para preencher o cargo de técnico de satélite, que não é voluntário, o requisitado assina um contrato temporário e precisa atender a certas exigências. É importante que ele tenha conhecimento em tecnologia, saiba manusear bem o computador e entenda o funcionamento de softwares. O local onde cada técnico será mandado depende de sua experiência. “Os que já trabalharam em outras eleições e conhecem bem os equipamentos serão preferencialmente deslocados para áreas mais complicadas, como as regiões de conflitos, glebas e tribos indígenas”, explica Fábio Curty de Mesquita, analista judiciário de apoio de sistemas do TRE.

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